quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Indiana Jones vem aí


Divulgaram hoje as primeiras fotos de Indiana Jones no Reino da Caveira de Cristal.
Vinte anos depois de sua última aventura Harrison Ford, em forma aos 66 anos de idade, encarna mais uma vez o arqueólogo aventureiro que divertiu tanto a galera nos anos 80.
A turma toda está de volta: Spielberg na direção, Geroge Lucas produzindo e Harrison Ford como Indy.
A trilogia foi feita entre os anos de 81 e 89, quando os recursos para efeitos especiais eram bem inferiores às tecnologias de hoje.
Nesta quarta aventura, o que deve chamar a atenção será o show de efeitos.
A estréia no Brasil está prevista para o dia 22 de maio.
Vamos aguardar!...

Lula, agora no cinema também...


...já não bastasse a super exposição inerente ao seu cargo de presidente desgovernado do Brasil, Lula agora vai estar na tela grande. Uma produção vem sendo preparada a toque de caixa para contar a trajetória do exu da patuléia, seu surgimento, sua ascenção ao trono de Brasília...Estão procurando o ator para interpretar o papel do dito-cujo. O filme até o momento terá o nome de "Lula, o Filho de Lindu" (?!?)...Fábio Barreto, que dirige a série Mulheres Desesperadas (versão Barueri) será o diretor...Vai ser um sossésso...

Tão pensando em lançar um concurso nacional em busca do sósia do presidente. A final poderia ser no programa do Faustão. O vencedor ganha uma garrafa de 51, um cd autografado do Frank Aguiar e uma passagem só de ida pra Garanhuns...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Tropa invade Berlim...

O nosso Tropa de Elite entrou na disputa pelo Urso de Ouro de melhor filme num dos mais respeitados festivais de cinema do mundo, o Festival de Berlim. A premiação acontece em 17 de fevereiro. Tamo na torcida, Capitão!...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Greve de roteiristas chegando a um The End...

Fui entrevistado recentemente pelo Jornal da Tarde pra falar sobre o que pensava da greve de roteiristas nos EUA. A repórter me perguntou se eu achava que uma greve como essa 'pegaria no Brasil'...eu disse a ela que com o que tem de redator e roteirista desempregado por aqui, qualquer ameaça de paralisação (supondo que esta fosse uma classe unida) seria vista como piada e talvez até acabasse se tornando um bom negócio para as empresas porque substituiriam seus roteiristas-grevistas por outros ganhando a metade do salário...aqui é outro mundo...infelizmente!...
Pra quem não tá acompanhando, uma greve de roteiristas de cinema e TV acontece nos States desde novembro do ano passado paralisando produções de séries, filmes e programas de TV e rádio. O motivo é que eles reivindicavam o direito de receber por seu trabalho quando este fosse comercializado pelas companhias em novas mídias. Exemplo: um roteirista de um seriado de TV gostaria de ganhar também caso seu episódio fosse vendido para downloads na internet. As emissoras tiveram prejuízos altíssimos com a greve. Mas parece que agora as coisas estão se acertando. O sindicato dos roteiristas e a associação de produtores de cinema e TV voltaram a dialogar. Um pequeno passo rumo ao entendimento...uma esperança para mim, que sou fã de Jack Bauer e estou esperando a sétima temporada sair do papel...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Alguém pode explicar?...

O Oscar 2008 tá chegando e lembrei que no ano passado deram o prêmio de melhor filme de 2007 para Os Infiltrados. O filme saiu do cinema e deu o passo seguinte no mercado, foi lançado em DVD. Eu comprei e fiquei me perguntando: o que passa pela cabeça do pessoal da Warner (que distribui o filme em DVD aqui no Brasil) para lançar um filme tão importante sem absolutamente nenhum extra?
Comprar DVD assim no Brasil vira uma frustração, claro.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O Suspeito

Você curte thriller político? Aquelas tramas super amarradas que desnudam os bastidores do poder, suas engrenagens sujas, seus porões obscuros?...
Este O Suspeito é um bom exemplo do gênero. O novo filme do diretor sul-africano Gavin Hood não fica devendo...A história começa em seu país natal (uma bela panorâmica da Table Mountain na Cidade do Cabo...). É de lá que parte o engenheiro Anwar El-Ibrahimi, um egípcio radicado nos EUA há 20 anos. Mesmo sendo pai de um garoto nascido em solo americano, mesmo sendo casado com a queixuda e barriguda Reese Whiterspoon (ela faz papel da esposa grávida...), Anwar não consegue escapar das garras da nova lei americana anti-terrorismo assim que sai de seu avião em Washington. A Lei da Rendição Extraordinária que nada mais é do que rapar do aeroporto qualquer sujeito com pinta de amigo do Bin Laden e despachá-lo para fora do solo americano para submetê-lo a um interrogatório não-convencional (leia-se ‘tortura sangrenta’)...O cara é arrancado da fila do desembarque, amordaçado, vendado e mandado de volta ao Egito onde irá comer o pão que o diabo amassou.
Em paralelo, um agente da CIA morre num atentado no Egito. Uma investigação é iniciada e há indícios discutíveis do envolvimento de Anwar na explosão. Sua família fica a espera do coitado que não chega. Seu nome é apagado do registro do vôo. A esposa (Reese) tem que apelar a um amigo que é assessor de um senador para saber notícias do marido que está no norte da África sendo torturado pelo ótimo Yigal Naor. O agente da CIA que acompanha o interrogatório é Jake Brokeback Gyllenhaal Mountain.
O filme vale a pena ser visto por vários aspectos. O roteiro é muito esperto, ágil e tem algumas surpresas temporais que tornam o filme muito mais saboroso. A direção do Gavin Hood (que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com Infância Roubada em 2006) foi inteligente em levar até onde dava a dúvida: “- Mas afinal, o suspeito é culpado ou não?...”
Li em algum lugar que a trama foi baseada no relato de um descendente de árabe que sofreu algo parecido.
Acho que um dos pontos fortes do filme é a abordagem que ele dá para esse neo-racismo anti-árabe que se deu na sociedade americana pós 11 de setembro. Uma questão que Mr. Hood trata melhor do que conseguiu o Babel do Inarritu.
Destaque para a pequena mas intensa presença de Meryl Streep no filme. Seus diálogos são os melhores...


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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Oscar 2008

Os indicados às principais categorias da Academia de Hollywood são:

Melhor Filme
"Desejo e Reparação"
"Juno"
"Conduta de Risco"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"

Melhor Diretor
Julian Schnabel, "O Escafandro e a Borboleta"
Jason Reitman, "Juno"
Tony Gilroy, "Conduta de Risco"
Joel e Ethan Coen, "Onde os Fracos Não Têm Vez"
Paul Thomas Anderson, "Sangue Negro"

Melhor Ator
George Clooney, "Conduta de Risco"
Daniel Day Lewis, "Sangue Negro"
Johnny Depp, "Sweeney Todd"
Tommy Lee Jones, "No Vale das Sombras"
Viggo Mortensen, "Senhores do Crime"

Melhor Atriz
Cate Blanchett, "Elizabeth: A Era de Ouro"
Julie Christie, "Longe Dela"
Marion Cotillard, "Piaf - Um Hino ao Amor"
Laura Linney, "The Savages"
Ellen Page, "Juno"

Melhor Filme Estrangeiro
"Beaufort" (Israel)
"The Counterfeiters" (Áustria)
"Katyn" (Polônia)
"Mongol" (Cazaquistão)
"12" (Rússia)

A cerimônia acontece no dia 24 de fevereiro.

sábado, 19 de janeiro de 2008

A Vida dos Outros

São raros os momentos em que um ator deixa de existir e passa a ser apenas e completamente seu personagem. É quase como uma encarnação. Mesmo os grandes atores atingem esse instante mágico em poucas oportunidades. Recentemente só a atriz de Piaf, Marion Cotillard, conseguiu essa proeza.

Nesta semana vi isso acontecer com mais um ator. Um ator alemão que eu na minha ignorância nunca tinha ouvido falar. Seu nome é difícil de pronunciar: Ulrich Mühe.
Ele é um ícone do teatro da antiga Alemanha Oriental e tem uma carreira relativamente
pequena no cinema.

Herr Mühe é simplesmente a principal razão para se assistir a “A Vida dos Outros”, o filme que venceu o cobiçado prêmio da Academia de Hollywood em 2007, o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Sua interpretação de um espião com patente de capitão da Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental, é fantástica!...

A história se passa em 1984, quando o duro regime socialista daqueles lados da Alemanha, vigiava, controlava e determinava a vida de qualquer cidadão. A Stasi era o principal braço do Partido e agia com paranóia e autoritarismo.

Você vai curtir mais o filme se for antes se informar um pouco sobre a Guerra Fria e o que aconteceu com a Alemanha dividida depois que perdeu a Segunda Guerra Mundial.
Dizem que o país foi o que mais sofreu com a Guerra Fria, o período em que o mundo se dividiu em dois blocos: capitalistas e comunistas.

Bem, Ulrich Mühe faz o capitão Gerd Wiesler, um homem duro, solitário, honesto, um militar que vive em função dos ideais socialistas porque acima de tudo acredita neles. Um pobre infeliz que vive uma vida opaca, sem brilho.
Ao ser destacado por seus superiores para plantar escutas e espionar o que acontecia no apartamento de um renomado escritor de teatro e sua mulher, uma atriz famosa de então, o capitão-espião trava contato com o mundo das artes e o que se assiste a seguir é o show do grande ator Ulrich Mühe mostrando o insensível Wiesler descobrindo a literatura, a música, a poesia e tudo o mais que ele ouvia daquele apartamento.
É sen-sa-cio-nal !...

A Vida dos Outros é o filme de estréia de um jovem diretor chamado Florian Henckel von Donnersmarck. Um cara em quem vou ficar de olho e conferir seus próximos trabalhos.
Após Florian e sua equipe terem recebido o Oscar em março do ano passado, em julho o ator Ulrich Mühe faleceu. Este é seu filme-testamento. Confira!...
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

...um ano depois...

...só um ano depois fui entender porque O Labirinto do Fauno não levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2007. Demorou mas hoje fui assistir quem venceu: A Vida dos Outros.
Es-pe-ta-cu-lar!!!
O filme só teve sua estréia no país em 30 de novembro do ano passado. Não consegui ver antes mas fui conferir agora. Saí impressionadíssimo!
Mais tarde comento em detalhes...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Desejo e Reparação

Desejo e Reparação é um filme sobre o arrependimento.
Uma garotinha de 13 anos assiste a uma cena que não é capaz de compreender e, petulante, inventa uma mentira que trará conseqüências para o resto da sua vida.
Desejo e Reparação é um filme que mostra a construção do caos.
Uma série de pequenos acontecimentos numa tarde de verão numa mansão no campo de uma rica família inglesa em 1935 vão terminar em tragédias. Separação, amores irrealizados, morte...
É comum um filme me frustrar no final. Costurar todas as tramas e amarrá-las numa seqüência satisfatória não é uma coisa simples.

Desejo e Reparação tem um dos finais mais incríveis que já vi. Primeiro com uma bela convidada surpresa, uma grande atriz que não aparece nos créditos iniciais e que não vou dizer quem é, surge para o gran finale.

Um momento mágico de revelação surgirá e você talvez, fique encantado como eu fiquei. Confesso que em algumas cenas tive a impressão de estar assistindo a um dramalhão, desses feitos por encomenda nesta época do ano pra ganhar o Oscar. Mas no final...no final entendi tudo!...E me emocionei bastante.

Desejo e Reparação não ganhou o Globo de Ouro à toa...e merece o Oscar. Fotografia espetacular, uma trilha sonora sensacional (repare no som da máquina de escrever intensificando a imaginação e o ressentimento da personagem Briony), roteiro e montagem espertíssimos (o filme tem idas e vindas no tempo muito bem sacadas) e atuações inspiradas. Filmão!...
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Mar adentro, mar adentro, mar adentro...

Acabei de rever outro daqueles filmes que se deve ter em casa...

...um momento para não esquecer da sétima Arte...a cena do vôo de Ramon em Mar Adentro...clique na imagem e assista...

Caso você queira saber mais sobre Keira...ai, ai...

Keira Knightley (pronuncia-se KÍIRA NÁITLI) nasceu num subúrbio de Londres em 1985. Filha de um ator e uma dramaturga, Keira aos 3 anos de idade já pedia para os pais, um empresário de presente. Ela já sabia o que queria ser quando crescesse...
Sua estréia no cinema foi aos 9 anos num filme de 1994 que nem me lembro o nome. Seu primeiro papel importante foi o de sósia de Natalie Portman, a Rainha Amidala em Star Wars Episódio I. Lembro da primeira vez que notei essa atriz num filminho de sessão da tarde sobre meninas apaixonadas por futebol e pelo Beckham, Driblando o Destino. O filme é bobinho mas dona Keira já chamava a atenção para os mais observadores: ela não estava ali só pra ser mais um rostinho bonito no ecran. Ela tinha muito pra dar. Aos poucos veio mostrando saber escolher papéis. Assim como a heroína da trilogia Piratas do Caribe e Arthur, a menina (ela só tem 22 anos) não teve medo de encarar o papel de Elizabeth em Orgulho e Preconceito. Faço toda essa introdução pra começar a falar de um dos grande motivos pra você sair de casa e assistir a Desejo e Reparação: Keira Knightley.
Dona de uma silueta que causa desejo e dispensa reparações, essa inglesinha de 1,70 m incendeia o filme. Não há quem não torça pela felicidade da aristocrata Cecilia (sua personagem) e seu amor pelo injustiçado filho da governanta (feito aqui por James McAvoy, o jovem médico de Idi Amin em O Último Rei da Escócia). Ela me passa a imagem da mulher sofisticada, nobre, de educação aristocrática, que pode se transformar a qualquer momento num vulcão de sensualidade e luxúria.

Sen-sa-cio-nal !...

PS: caso você queira saber mais sobre Keira (não resisti ao trocadilho infame...) clica aqui...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

putz, que filme!...

...acabo de assistir a Desejo e Reparação...ainda estou digerindo o que vi...foram muitas as impressões que tive, das mais variadas, e no final fui brindado com uma surpresa inesquecível !... Recomendadíssimo com reservas: se em determinado momento você achar que está assistindo a um dramalhão, espere...você será desenganado.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Meu Nome Não É Johnny

Lembro bem da primeira vez que vi João Guilherme Estrella num programa de entrevistas na Globo News.
Um senhor carioca de 46 anos que se comunicava bem... uma pessoa carismática.
Contava sua descida ao fundo do poço quando de usuário festivo de drogas pesadas, por um misto de ingenuidade e ambição, tornou-se um mega traficante internacional.
Sua história tinha acabado de virar livro. E na hora pensei, putz isso dava um filme...
O filme aconteceu e está nas telas de todo o Brasil: Meu Nome Não É Johnny.
O escolhido para encarnar o ex-adolescente de classe média que vira traficante tinha que ter o carisma do personagem real. E não há nome melhor no cinema nacional no momento do que Selton Mello. Sou suspeito pra falar do cara porque sou fã (veja o que escrevi sobre ele em O Cheiro do Ralo). Mas o fato é que ele dá um show (de novo)!...
O filme é esperto, moderno, cheio de referências dos anos 80/90, uma trilha saborosa e atuações inspiradas. Especial destaque para Julia Lemmertz e Cassia Kiss como a juíza que teve papel decisivo na vida de João.

Selton Mello tem um timing incrível, diferente, um estilo único de fazer humor e drama, mostrou pra quem ainda duvidava que sabe emocionar. Uma performance memorável. Um gênio que só não pode ficar solto para não dar em viagens como sua recente e fracassada aventura na tv, a série O Sistema (uma bobagem constrangedora...). Selton, dirigido, com um bom roteiro na mão, é imbatível.
Confira!...

PS: o verdadeiro João mantém um blog interessante. Passe lá por aqui.
E pra saber onde está em cartaz, clique aqui.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O Amor Nos Tempos do Cólera e a ira de um espectador encolerizado...

...pra você ter uma idéia do que achei de Amor Nos Tempos do Cólera basta dizer que o filme tem Fernanda Montenegro falando inglês com sotaque mexicano espocando interjeições como se estivesse na novela Cambalacho do Silvio de Abreu...parece até uma blasfêmia falar mal do trabalho de um monumento da dramaturgia do nosso país, mas não é culpa dela...cinema é a arte do diretor, a culpa é dele...e o resultado não podia ser outro aqui...uma lástima...
Todo o realismo fantástico, a marca registrada de Gabriel Garcia Marquez vira lixo não-reciclável neste filme todo errado, sem profundidade. Eu queria saber de quem foi a idéia de chamar um diretor inglês (cujo trabalho mais famoso foi a comedinha boboca Quatro Casamentos e um Funeral) para fazer um filme que se passa na Colômbia do início do século XX !?...
É constrangedor ver o esforço de Javier Bardem (o melhor do filme) defendo seu personagem com muito empenho. Mas todo seu talento não o salva deste fiasco...
A maquiagem é um espetáculo extra de horror!...A decisão de manter o mesmo elenco fazendo a trajetória de mais de 50 anos dos vários personagens não foi ajudada pelo artifical, tosco e ridículo trabalho de maquiagem. Uma crosta de massa e pó na cara de todo mundo gritando aos olhos do espectador tomado de cólera...
Transposições de livros para filmes sempre são complicadas. Li em algum lugar que Garcia Marquez disse a Mike Newell (o diretor...): "- Você não vai conseguir..."
Ele acertou.
Este Amor Nos Tempos do Cólera é uma linda história que virou uma bela bosta...

Se quiser saber onde tá passando, clique aqui.