quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Montanha Dos Sete Abutres

Às vezes fico pensando quantos dos meus colegas de profissão assistiram a este filme tão importante para a formação de qualquer profissional da área de comunicação...é quase equivalente a um curso de jornalismo! O Obama que me desculpe mas Billy Wilder é que era O cara. Roteirista, diretor, produtor de seus próprios filmes A Montanha dos Sete Abutres acabou de ser relançada numa cópia exclusiva da livraria Cultura por 29,90. Marca o final de uma série de dramas mais pesados do diretor que após este passou a fazer suas famosas comédias, sem perder o veneno nunca. O filme quase quebrou Wilder e o estúdio Paramount, foi mal de bilheteria. Ninguém tinha interesse em acompanhar a história do crápula jornalista, Kirk Douglas que manipula eventos a seu favor sem menor escrúpulo, tudo pela manchete que vende mais. Decadente, ele enxerga num acidente sofrido por um mineiro de uma cidadezinha soterrado numa caverna, sua grande chance de voltar a brilhar na imprensa de seu país. Billy Wilder que é dono de um currículo fora de série, com uma lista de clássicos inesquecíveis, escolheu este como o seu filme favorito. Só por isso, já se deve conferir. Filmão imperdível!
Alugue ou compre.

8 MM

Eu gosto muito desse filme 8 Milímetros do Joel Schumacher com o Nicolas Cage. Acho que é um filme que vai muito acima da média até quase o seu final quando se torna óbvio. E a obviedade contrasta com a originalidade da trajetória do pacato e família detetive Welles cuja alma irá se deteriorar ao longo de uma investigação que o leva a ter contato com os porões da indústria pornográfica. Como em Retrato de Dorian Gray, Welles-Cage vai se decompondo à medida em que vai tomando contato com os meios com que se produzem filmes que misturam sexo com cenas reais de violência. O filme é de 1999 e me incomoda a concessão ao grande público que um diretor muitas vezes é obrigado a fazer produzindo um final feliz. Não era o caso aqui. Nenhum homem de bem como sr Welles passaria impunemente pela experiência que ele vivenciou ao tentar desvendar como um velho e conservador aristocrata pôde ter encomendado tal filmete em que uma jovem é assassinada de verdade diante das câmeras. Tenho a sensação que o diretor poderia ter tomado mais um cafezinho e pensado em um desfecho melhor, mais pertinente, mais adulto. Mas, mesmo assim, eu ainda gosto de 8MM. O filme acabou de passar na TV e eu mais uma vez assisti...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tô resistindo muito mas tá cada vez mais difícil de NÃO dizer que é mais legal, que é melhor, que não dá pra comparar o prazer que se sente vendo um filme em bluray do que indo ao cinema...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Trailler Missão Impossível: O Protocolo Fantasma

O primeiro longa de Brad Bird com atores de verdade que vem de sucessos da animação como Ratatouille e Os Incríveis. Super aguardado, Missão Impossível IV estréia em dezembro de 2011.
Confira o trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=V0LQnQSrC-g&feature=fvsr

A 25ª Hora

Sabe aquele filme que você viu muito tempo atrás, tipo 15 anos atrás, nunca mais reprisou na TV, não existia em DVD ou mesmo no VHS e você ficou com ele pulsando em sua memória afetiva, aguardando pela primeira oportunidade para revê-lo?
Ok, isso nunca aconteceu com você porque você não é um nerd-cinéfilo-demente como eu, mas enfim, posso falar sobre isso?
Bem...foi com muita alegria que comprei na sempre eficiente 2001 Video um filme que eu guardei no coração desde que o vi pela primeira vez na casa de minha vó italiana saudosa dona Francisca (Francesca, davvero...) quando eu devia ter uns 10 anos. Faz tempo...Nunca mais tive contato com o filme mas de alguma forma ele me marcou tanto que nunca o esqueci.
O título é A 25ª Hora com o Anthony Quinn. É a história de um camponês romeno que por uma grande injustiça é mandado para um campo de concentração nazista mesmo não sendo judeu.
Moritz é casado com uma mulher linda (a italiana Virna Lisi), que fazia o delegado da aldeia demorar mais tempo no chuveiro, se é que me entendem...o cara queria pegar la donna. Acontece que alguns homens não lidam muito bem com um não. Daí que o delegado armou para Johan Moritz (Anthony Quinn) ser despachado da cidade, do país, entregando-o traiçoeiramente aos nazistas.
A partir desse momento, Moritz começa sua jornada sofrendo todo tipo de agressões,  passando de mão em mão por vários lugares e algozes diferentes: é preso por nazistas como judeu, é preso pelos russos que acharam que ele era alemão, depois os americanos também o prendem por não acreditarem em sua história. Enfim o cara passa mais de 8 anos nesse martírio até que é solto e volta pra sua casa para reencontrar sua mulher e seus filhos que agora são três, consequência da violência que sua esposa sofreu na mão de soldados russos. Um drama como muitos que aconteceram de verdade durante a Segunda Guerra Mundial.
É marcante pra mim a cena em que Moritz, durante sua prisão no campo de concentração nazista é retirado do alojamento porque um oficial maluco estudioso das feições arianas classifica o rosto bruto de Anthony Quinn, depois de esquadrinha-lo numa reunião, como um exemplo do puro traço da beleza germânica. Esse desvario nazi retira Moritz da prisão e o transforma num oficial alemão modelo, estrela da propaganda nazista saindo em várias capas de revista. Patético na sua verossimilança...
A cena final também impressiona quando o pobre Moritz consegue finalmente reencontrar sua bela família na estação de trem e um repórter sensacionalista pede a todos que sorriam num tom de ordem e vemos o esforço com que o camponês aceita submisso aquele comando porque convive com a resignação e a dor há muito tempo. Um close pungente do sorriso sofrido do personagem encerra o filme que conta a história de um coitado que passou a vida acatando ordens para sobreviver.

domingo, 3 de julho de 2011

Bilheterias

Puxa é muito bom saber que um filme do Woody Allen permanece entre as 5 maiores bilheterias do Brasil há duas semanas. Isso é um muito bom. Mostra que há um público interessado em uma produção diferente das pirotecnias de hollywood. Há espaço para a inteligência! Nesta semana comento sobre o Meia-Noite Em Paris. Abaixo seguem os 5 filmes mais vistos na semana aqui no país:
1 - Carros 2
2 - Kung Fu Panda 2
3 - X-Men Primeira Classe
4 - Se Beber Não Case 2
5 - Meia-Noite Em Paris

domingo, 5 de junho de 2011

descaso total

É parei mesmo. Num escrevo mais nada nessa bagaça! É essa maldita sensação que tô mais sem audiência que programa religioso na TV...um descaso total com a inevitável inutilidade de meus posts no limbo do ethernet...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Caminho da Liberdade

Tem um gênero de filme, que pode não soar muito correto politicamente nestes tempos em que até as convenções sociais andam meio sem personalidade, mas que existe de fato e que é o que eu particularmente chamo de "filme de macho". A essa categoria pertencem John Huston, John Ford, John Wayne, Clint Eastwood, Russel Crowe, Humphrey Bogart, que possuem em seus currículos inúmeros exemplos dessa espécie de filme. Protagonistas de poucas palavras com um certo ar de mistério e que invariavelmente se mantém firmes em seus propósitos, aconteça o que acontecer ao longo da história. O personagem em geral é o que modernamente se passou a chamar de macho alfa, o mais valente, corajoso e que conquista a mulher mais bonita do pedaço.
É nessa levada que Peter Weir, um diretor que nunca erra, todo mundo viu Sociedade Dos Poetas Mortos (filme da minha adolescência) retorna após um período sem filmar nada, às telas com esse espetacular Caminho da Liberdade.
Ele conta a história real de um grupo de presos num gulag na Sibéria no início da Segunda Grande Guerra. Presos pelo regime comunista, os caras resolvem escapar da prisão e encarar a geografia inescapável atravessando a Sibéria, a Rússia, a Mongólia, o Himalaia, a Índia, ou seja, a Ásia inteira a pé! Começam pela parede de gelo siberiano. As cenas arrepiam de tão congelantes...É uma loooonga caminhada...se tivesse aliás que resumir a história em uma frase seria ‘é um grupo de pessoas que fica caminhndo o tempo todo...’
Não preciso dizer que a fotografia e as locações são o grande show do filme. A maquiagem (indicada ao Oscar deste ano) também chama a atenção. Os estragos que uma caminhada no sol e no gelo fazem à pele quando ficaram impressionantes nos personagens...A sede constante, o cansaço insuportável, a fome nunca saciada são os companheiros dos fugitivos nessa jornada. O filme me agradou muito. No entanto, não dá pra não comentar a sensação que fica ao final  que tudo poderia ir além. Que o filme poderia ser arrebatador! Não é...Também não é um filme ruim, está muito longe disso. É um grande filme...mas não é espetacular. E tinha tudo pra ser. Pela sua história única, pelo currículo do diretor, a produção caprichada. Senti falta de ver a jornada espiritual que os caminhantes também realizaram nessa aventura. Sim, porque quem fica meses unicamente caminhando e caminhando e caminhando teve muito em quê pensar. Essa longa trilha transformou os sobreviventes em outras pessoas. Em novas pessoas. E o filme aborda esse aspecto muito superficialmente. Mas isso não é motivo pra não ver esse belo trabalho desse diretor que merece respeito e atenção em todos os seus filmes. Caminho da Liberdade é mais um grande filme de Peter Weir.

terça-feira, 5 de abril de 2011

news

Acabo de ler que Brad Bird, o incrível criador/diretor de animações premiadas como Os Incríveis e Ratatouile está finalizando a nova sequência de Missão Impossível, O Protocolo Fantasma, com o mesmo sr Tom Cruise no elenco. Estréia prevista para dezembro...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Senna

Um filme que não comentei aqui por esquecimento foi o documentário Senna. Passou nos cinemas aqui no último trimestre de 2010 e na época, mesmo tendo ficado bastante emocionado, acabei deixando passar o post. Bem, nesta semana saiu em DVD e Bluray e apesar do preço salgado, não resisti e levei um pra casa. Fiquei emocionado mais uma vez. Apesar de a certa altura o filme ser de uma angústia quase insuportável, principalmente para quem era fã de Ayrton Senna, o documentário é primoroso em seu trabalho de pesquisa de imagens, muitas inéditas para o grande público. Lembro que na época de seu lançamento, muitos cri-críticos lamentaram que coube a um inglês contar a história de um dos nossos maiores heróis. Além de ser uma bobagem, esse comentário não leva em conta que ao termos a saga heróica de Senna ser apresentada por um estrangeiro impede que detratores acusem o filme de produção patrioteira, de produto de consumo interno nacionalisteiro, blá-blá-blá...A história de Senna ficou a cargo de um diretor inglês e de uma série de pilotos e profissionais ligados ao automobilismo do mundo inteiro mostrando a dimensão planetária alcançada por este paulistano temente a Deus e apaixonado pela velocidade.
Senna é um documentário cheio de momentos inéditos, preciosos e com um poder de síntese que todo bom documentário deve ter.
É doído de ver (doído de dor, repare que tem acento...). Mas vale a pena!...
Emocionante pra quem é brasileiro. Obrigatório para os fãs de automobilismo.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

...and the Oscar goes to...Capitão Nascimento!...

Se só valesse a opinião dos brasileiros, a pergunta qual o melhor filme que passou nos cinemas do Brasil em 2010, só poderia ter uma resposta: Tropa de Elite 2.

chutes...

Tá meio fácil chutar quem são os que levam os Oscars deste ano...no meu bolão eu apostaria no óbvio: Colin Firth melhor ator, Discurso do Rei melhor filme, Natalie Portman melhor atriz, Christian Bale melhor coadjuvante e no diretor de Discurso, Tom Hooper. Essa é uma lista pra acertar o resultado. Na minha lista de torcedor, daria o Oscar de Melhor Filme do ano para A Rede Social. Melhor Diretor tinha que ser o Christopher Nolan pelo seu A Origem, o filme mais difícil de fazer da lista. Melhor ator é o Colin Firth mesmo. Assim como melhores coadjuvantes para Christian Bale e Melissa Leo, ambos pelo mesmo filme O Vencedor. Melhor Roteiro Original é A Origem. Melhor Roteiro Adaptado deveria ser de A Rede Social. Essas são as minhas preferências, é quem eu gostaria de ver ganhando um prêmio hoje. Mas como disse, são apenas os palpites inexpressivos de um humilde telespectador de Oscar, espectador de filmes...

Hoje é noite do Oscar...

Sim, eu admito, me divirto e gosto de assistir à cerimônia...não é sarcasmo. Claro que é sempre saboroso curtir o exagero do figurino de algumas celebridades mas eu gosto mais de assistir àqueles momentos em que alguns atores ou diretores entram para a história. Danny Boyle subindo com seu elenco hindu no palco quando ganhou dois anos atrás com seu Quem Quer Ser Um Milionário foi lindo. A noite em que Fellini, ao ser homenageado, homenageia sua Giulietta, nunca esqueço...Ou quando Fernanda Montenegro tava lá assistindo à sua derrota para a esquecível atriz de Shakespeare In Love...enfim, foram muitos momentos. Mas um que não vi mas me deu muita vontade de ter assistido de perto é o está aqui nesta foto:
Clark Gable, Cary Grant, Bob Hope e David Niven, reunidos em 1958 nos bastidores da cerimônia, roteirizando as piadas que fariam naquela noite. Fiquei um tempo admirando a foto e imaginando o quê essas grandes figuras poderiam estar falando ali de tão engraçado, e com certeza devia estar muito engraçado mesmo! Que grande momento dos bastidores do cinema há nessa foto!...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

127 Horas

Eu queria entender por quê este filme não está indicado para o Oscar de melhor diretor? Só porque o Danny Boyle ganhou dois anos atrás com seu Quem Quer Ser Um Milionário? Os velhotes da academia acharam o filme apelativo demais? Aliás muita gente com quem conversei tem evitado ver este filme por medo das cenas mais fortes da já alardeada auto-mutilação. Gente, 127 Horas é muito, mas muuuito mais do que isso! Que início deste filme espetacular (alguém reparou na inteligente escolha do momento em que foi inserido o título do filme?)! E que edição incrível! E a direção de ator não conta? Ou o que acharam do show que James Franco dá ficando quase 80% do filme sozinho em cena? Pelamordedeus que filmaço! Preciso ver again, and again, and again...

O Discurso Do Rei

É um filme muito bom, mas é também aquele velho exemplo de filme lançado pela máquina do marketing da indústria do cinema que sempre acontece nas vésperas do Oscar e promove absurdamente alguns filmes levando público e muitas vezes a crítica a superestimá-lo... É verdade que há um show de atuações aqui como poucas vezes se vê num filme. Se Collin Firth ganhar como melhor ator, a Academia não estará sendo injusta com os outros candidatos, apesar do páreo ser duro. Mas o filme em si não é espetacular. Apesar do roteiro acima da média, tive a sensação de que o filme fica na superfície e tenta ser engraçadinho muitas vezes, o que me aborreceu um pouco. A história a esta altura você já deve saber, é sobre o rei George VI da Inglaterra, pai da futura rainha Elizabeth e avô do principe Charles. O rei era gago e tinha verdadeiro pavor de falar em público, principalmente em seus pronunciamentos no rádio. O título se refere ao discurso que George VI teve que fazer para anunciar que a Inglaterra estava em guerra contra a Alemanha. Acho que o maior pecado do filme foi não ter explorado a comparação entre os discursos eloqüentes de Hitler e os hesitantes e claudicantes pronunciamentos de George VI, comtemporâneos do maior evento da história do século XX. Mas é um bom filme, que vale a pena ver! E deve ganhar o Oscar de Melhor Filme desta noite.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tropa de Elite 2 na sua casa

Chega hoje nas lojas e locadoras de todo país o fenômeno de bilheteria, o filme que foi assistido por mais de 11 milhões de pessoas nos cinemas (11.192.781, especificamente) e que gerou renda acumulada de R$104.071.662, agora em DVD e Blu-Ray.

Tropa de Elite 2 teve recorde nacional nas vendas em Blu-Ray.
Além do sucesso de público, o filme também se destaca pelo forte esquema implantado no combate à pirataria.
O áudio em português é 5.1 DTS HD ou 5.1 Dolby Digital
Há legendas em português - para atender as necessidades especiais dos deficientes auditivos.
O preço sugerido para o consumidor é honestíssimo: R$ 29,90. Esta política comercial é inédita no Brasil para o lançamento de um título em Blu-Ray.
Pedi o meu trocando pontos que tinha acumulado na FNAC, só quero ver se vão me mandar mesmo.
Até a noite confirmo...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Vencedor

Com 7 indicações para o Oscar, estréia nesta sexta um filme que achei espetacular: The Fighter. Como o título O Lutador (que seria o correto) foi dado ao filme com o Mickey Rourke ano retrasado, este legítimo The Fighter virou aqui O Vencedor. Caracaaaa! Que filme ducaaa! Você sai do filme inspirado! Ok, tudo bem que é mais um filme de boxe, com lutadores fracassados, uma família decadente, o subúrbio de uma cidade pequena do interior dos EUA e vários outros elementos que você já viu em vários outros filmes de boxe.
Só que este tem algo mais...pra começar tem um Christian Bale explosivo no papel de Dick Eklund, peso médio que perdeu quase tudo na vida, o treinador, as lutas, a carreira afundado no vício em drogas pesadas como crack. Outro brilho do filme tá no elenco feminino que dá um show! A mãe dos lutadores ficou com Melissa Leo que ganhou coadjuvante ano passado por Rio Congelado e concorre de novo neste ano, aqui faz uma perua suburbana mãe de 7 filhos, os dois lutadores e mais cinco mulheres igualmente loucas, desocupadas e cheias de frustração. A namorada de Micky Ward, o irmão mais novo, é o outro ponto de força feminino, interpretada pela Amy Adams, a mesma de Julie e Julia, irreconhecível aqui como a barwoman que conquista o coração do não tão jovem lutador, Micky Ward (Mark Wahlberg). Aliás é  em torno dele que gira tudo. O cara é um touro, não só pelo tamanho (nunca vi esse ator tão forte num filme) como também na sua determinação em seguir em frente mesmo com sua família jogando contra. Mark Wahlberg se apaixonou pelo roteiro 5 anos antes e fez de tudo para levar a história às telas. Chegou a construir um ringue em casa e treinar boxe diariamente. o resultado se vê no filme.
Se é possível apontar um algo que não ficou tão legal são as cenas de luta que nem são tantas assim (porque o filme não é só sobre boxe, é verdade! pode ver!) não são incríveis, verossímeis como outros filmes do gênero já conseguiram fazer. Mas isso não compromete o resultado de forma alguma.
Ao final, quando vemos os dois irmãos reais aparecerem nos créditos dá uma sensação de vitória redobrada: - Poxa! Isso aconteceu mesmo!
Apesar das 7 indicações, é muito pouco provável que leve a mais desejada que é a de melhor filme. Mas isso é uma questão que envolve muito mais as campanhas que os estúdios estão fazendo neste momento do que os méritos do filme em si.
Sensacional, inspirador, arrebatador como nos melhores momentos de Menina de Ouro, este O Vencedor é muito mais que um filme de boxe, é um filme humano e emocionante.

As Top's

O IMDB publicou uma lista com as 50 atrizes mais bonitas do momento.
Sem comentários.
Clica aqui se for homem.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Tron

Tron é o melhor demo de tecnologia Imax que já foi produzido. Trilha incrível, efeitos sensacionais e a melhor separação de som de que eu já tive o prazer de provar. Se não esperar nada além disso, o filme vale muuuuito a pena ser visto, mas tem que ser numa sala IMAX.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Retrato De Dorian Gray

Há várias grandes histórias da literatura mundial que ainda estão esperando por uma versão cinematográfica à sua altura. A Divina Comédia, por exemplo, nunca ganhou uma adaptação competente nas telas. Don Quixote também não. Dostoiévski então, nem pensar.
O mesmo vale para o clássico O Retrato de Dorian Gray. A história muita gente já sabe é do belo e jovem Dorian que ganha uma bolada de herança e cai no mundo, ou melhor, em Londres. Lá conhece todo tipo de balada, vícios e mulheres. Ao mergulhar nesse mundo e perder sua inocência, um retrato que Dorian mantém trancado no sótão vai adquirindo todas as marcas de suas vicissitudes. A imagem de Dorian no quadro vai se transformando num monstro deformado.
A obra que discute com charme questões que vão da ética à vaidade não teve ainda uma transposição para as telas que merecia.
Este a que assisti é raso como um pires e com um retrato que se mexe toda hora tentando pregar peças no espectador, tipo filminho de terror. Blé...
O diretor é o mesmo da bela versão de Othelo para o cinema com o Lawrence Fishburne de 1995.
Lá ele  acertou, aqui, nada a ver...Estréia dia 4 de fevereiro nos cinemas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

José e Pilar

A Vejinha e outros veículos dão este filme como um dos melhores em cartaz no momento em SP. Dizem que é uma das mais belas histórias de amor que já se viu. Os últimos anos do escritor português Saramago e sua mulher espanhola Pilar são mostrados em seu dia-a-dia com uma câmera que está presente em quase todos os momentos da intimidade do casal. Graças a Deus é quase, porque se deixassem a impressão que dá é que o diretor teria gravado até o Saramago a cagaire...
Bem, fui conferir desconfiado e o que vi não tinha história de amor porra nenhuma. Achei dona Pilar uma oportunistazinha de quinta que colou no velho quando este já tinha 63 anos e viu em Saramago a oportunidade de largar sua vida medíocre de jornalista para ser a esposa, secretária faz-tudo e empresária do escritor.
Tem valor documental inegável, competente no aspecto invasivo como deve ser um bom documentário mas pra mim no fim fiquei com a impressão de ter assistido à história de uma mulher ambiciosa que encontrou no velhinho Saramago a tábua de salvação de sua vida.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Rede Social

David Fincher é um daqueles diretores que sempre vale a pena conferir algum filme seu. Até de seus piores filmes é possível se tirar ótimas impressões. No caso de seu mais recente lançamento A Rede Social, é um prazer sair da sessão com o sabor de se ter visto um filme inteligente em vários aspectos. A história real do nerd que ficou bilionário com a criação de um site de relacionamentos é extremamente bem contada no filme. A esta altura, todo mundo já deve ter lido algo sobre A Rede Social ou mesmo o livro que deu origem ao filme, Bilionários Por Acaso, um best seller no momento. O roteiro muito esperto conta a história de 3 personagens principais ligados à criação do Facebook: o gênio introvertido Zuckerberg pai da ideia, seu fiel parceiro de faculdade e avalista de sua invenção desde o início e o experiente criador do Napster interpretado pelo talentoso Justin Timberlake. Inteligentemente o roteiro é fragmentado entre o processo de nascimento do Facebook e os inúmeros processos a que responde seu criador, Mark Zuckerberg. As cenas de julgamentos são ótimas cheias de rancor, decepções, traições, ex-amigos lavando roupa-suja...
Ninguém vai ao cinema muito empolgado ver um filme de nerds que vivem na frente do computador, mas todos saem da sala com a sensação de ter visto um grande filme.
A Rede Social me lembra em vários aspectos um clássico do meu tempo, Sociedade Dos Poetas Mortos. Ambos ambientados em universidades aristocráticas e elitistas. Ambos tendo nerds como protagonistas. Ambos verborrágicos, há muito texto nos dois roteiros e ambos realizam a proeza de, mesmo estando mais perto de serem filmes chatos, são arrebatadores.
A Rede Social me deu muita satisfação! Saí feliz do cinema por ter podido assistir a um filme tão bom!...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Hereafter - Além Da Vida

O velho Clint Eastwood com mais de 80 anos nas costas deve andar pensando muito na morte. Seu último filme, Hereafter (Além da Vida) é a visão do cineasta sobre a curiosidade eterna de como devem ser as coisas no lado de lá, depois que se morre...
Seu filme vale já pela cena inicial, uma francesa (a lindíssima Cécile de France) é engolida por um tsunami na Tailândia e sobrevive.
Clint, cineasta do simples, das cenas mínimas, surpreende com uma sequência inicial espetacular cheia de efeitos de botar 2012 no chinelo!...
Mais uma vez com Mat Damon, ele é um vidente honesto que foge do seu dom, verdadeiro porém desolador: "- eu converso com os mortos...é muito ruim conviver com a morte."
Um garoto que perde seu irmão gêmeo num acidente tenta desesperadamente algum contato com o além.
Essas 3 histórias (a da francesa, do vidente e do garoto) vão se cruzar no final em Londres. Aguarda-se ansiosamente por isso, os personagens e seus dramas são cativantes. Com habilidade, a direção de Clint não deixa o personagem de Matt cair no ridículo ao fazer suas vidências. Você embarca na história e torce pelos personagens...
Há cenas lindíssimas, algumas de tão delicadas ficam inesquecíveis: o solitário Matt Damon numa aula de culinária deslizando colheres de temperos nos lábios de Bryce Dallas Howard ao som de Pavarotti é lindo demais...todas as cenas da francesa Cécile também são incríveis...
Não tem como comparar Hereafter com os recentes sucessos Chico Xavier e Nosso Lar, filmes com temáticas parecidas mas muito inferiores em sua realização se comparados a este ótimo filme do velho e bom Clint Eastwood. Quem gostou dessas porcarias do cinema nacional recente vai amar este Além da Vida...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

cabine!

Saindo para a minha primeira cabine do ano com a sensação de que vou gostar muito do filme...Hereafter (Além da Vida), o lançamento de Clint Eastwood. Mais tarde deixo minhas impressões aqui...