segunda-feira, 21 de maio de 2007

Como Era Verde Meu Vale

É fácil notar a grandeza de um filme já em suas primeiras seqüências...A combinação perfeita entre texto, imagens e música. Algo mágico, sem fórmulas, que não se descreve com a razão mas se sente nas entranhas...As primeiras cenas de Hillary Swank em Menina de Ouro são comoventes na maneira como sua personagem se revela pobre e determinada. Como disse Drummond a poesia se dá quando se puxa o fio certo do novelo embaralhado e assim, sem fazer força, o poeta ‘desenrola’ as emoções comuns a todos nós, exercendo a função sublime dos artistas: expressar os sentimentos da humanidade.
Todo esse preâmbulo foi para comentar o filme que (re)vi neste fim de semana e que me emocionou mais uma vez...

”Como Era Verde Meu Vale” (How Green Was My Valley) de John Ford, um cara que sabia o que estava fazendo com uma câmera.
Já em sua primeira cena temos as mãos do protagonista em primeiro plano. Ele está partindo, embrulhando suas roupas num pano preto que ele revela ser o xale que a mãe usava para ir à Igreja...Nesse momento o filme dá um salto de uns 50 anos para mostrar a infância de Huw Morgan o filho caçula de uma família de mineiros.
O filme é de 1941, em preto e branco. A história se passa numa vila de mineiros no interior do País de Gales, no início do século passado.
Tudo é de uma beleza, de uma pureza, como raramente se vê nos filmes. Há muitas passagens em que não há palavras. Os personagens vivem emoções profundas ou delicadas muitas vezes sem dizer nada. Um filme arrebatador e que merece o título de clássico. O destaque para o pequeno Huw, feito pelo então adolescente Roddy Mcdowall, um rosto que você com certeza viu em vários filmes, então com 12 anos. É dele a expressão da pureza que contrasta com a degradação da vila em que nasceu, que aos poucos enegrece com a fumaça expelida das minas de carvão. A inocência perdida...os valores transformados...a hipocrisia de uma sociedade...integridade, honra, família...

Para ver e rever sempre...

Homem-Aranha 3...o herói cansou...


O enorme sucesso dos dois primeiros filmes do herói se deve muito às suas histórias, aos roteiros. Filmes de super-herói tem de monte, mas com o personagem principal sofrendo de crises, perdas, dúvidas, são raros e méritos de Homem-Aranha 1 e 2.

Neste terceiro episódio, há muitos efeitos, muitos vilões e pouca história. Algo que, apesar de empobrecer a trilogia não tira a validade de ir conferir este filme que é diversão garantida para um domingo à tarde.
A mim ficou a impressão de que estão todos meio de saco cheio, diretor, atores principais, e fizeram um filme menor pra tirarem dos produtores o argumento da bilheteria numa eventual pressão por um quarto e agora improvável Homem-Aranha.

sábado, 19 de maio de 2007

Desculpas...

...é o que devo aos poucos mas fiéis leitores de meu humilde blog...
Estive ausente destas páginas por causa do meu trabalho que tem me consumido nas últimas semanas...viajei ao Peru para gravar umas matérias e estou naquela fase de imersão total na ilha de edição...mas o assunto aqui é cinema, portanto no próximo post meu parecer sobre Homem-Aranha 3...putz!...

Na foto deixo minha caminhada no deserto de Nazca, sul do Peru, procurando por uma Coca-Cola...