terça-feira, 26 de julho de 2005

Chocolate!!!

Até que enfim Tim Burton resolveu fazer um filme legal!
Não sou fã do diretor mas reconheço que ele é respeitado por muitos críticos que entendem de cinema bem mais do que eu...
Mas o fato é que depois de algumas porcarias como Planeta dos Macacos, o senhor Burton se redimiu. Confesso que fui assistir a esse filme com vontade de gostar dele, movido por uma certa memória afetiva de um clássico das Sessões da Tarde da minha infância...E não foi preciso esforço para gostar dessa Fantástica Fábrica de Chocolate: o filme faz rir, faz chorar, diverte, emociona, encanta!...
Conversando com meu amigo Paulo Gustavo, lembramos que uma das qualidades da Fantástica Fábrica é que não se trata de um filme só para crianças. Há elementos suficientes para todas as idades. Mais que isso, por alguns momentos você vai se perceber um pouco criança...
Como um mágico e delicioso chocolate recheado das boas lembranças da infância de todos nós...

quarta-feira, 20 de julho de 2005

Sin City


Simplesmente a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema de todos os tempos. Violento, rápido, seco, sensível. Elenco sensacional, trilha sonora sinistra, fotografia esplêndida, um trabalho de direção de arte que merece aplausos...
Personagens marcantes, heróis que lutam para manter algum traço de valor em meio ao mundo selvagem em que vivem onde só há morte, sexo e dinheiro. Sin City dá um banho visual como há muito tempo não se via...

Aplausos para Robert Rodriguez, o diretor, e Frank Miller, o criador da série nos quadrinhos e que também assina a direção do filme e faz uma ponta como o padre. Imperdível!

quarta-feira, 13 de julho de 2005

Cadê os irmãos Wachowski?

Cadê os caras que criaram Matrix?
Sumiram?
Tão torrando a grana que ganharam com a trilogia?
Será que vão voltar com outra idéia incrível?
Com outro filme pra entrar pra História?
Aguardemos...

segunda-feira, 11 de julho de 2005

A Queda - As Últimas Horas de Hitler

Em 2002, passou um documentário meio despercebido aqui em Sampa chamado Eu Fui a Secretária de Hitler. Nele, a gente via durante uma hora e meia, uma velhinha de nome que não consigo pronunciar (Traudl Junge) relatar sua experiência como estenografa do Führer. Imagine encontrar viva, quase 60 anos depois, uma mulher que trabalhou com Hitler até o último dia dele! O ditador ditava suas cartas, documentos, discursos e era ela quem datilografava! A jovem Traudl Junge chegou a viver no bunker em que Hitler se matou!... As exclamações são porque não consigo entender como demoraram tanto pra achar essa mulher!...Seu depoimento é tão rico que permitiu aos cineastas de hoje reconstruir com uma riqueza de detalhes impressionante, os últimos dias de Hitler!...
E é aqui que está o grande valor deste filme A Queda – As Últimas Horas de Hitler.
Não é grande cinema, não é um filme pra se levar a namorada ou curtir num final de semana.

A Queda é um irretocável documento, fundamental para a compreensão de vários aspectos deste momento histórico, a Segunda Guerra Mundial.
A loucura de Hitler e de seus seguidores mais próximos, a rendição alemã, tá tudo ali, nos últimos dias de Adolf Hitler.
Meu destaque fica para o final do filme em que vemos as imagens do documentário com a Traudl Junge original assumindo alguma culpa, apesar de alegar não ter conhecimento dos abusos cometidos pelos alemães, ela reconhece que errou em não ter procurado a verdade, mesmo sendo muito jovem. E pra mim esta é uma grande lição que fica no filme. Ninguém deve achar que vai envelhecer inocente por não saber das coisas. Procure saber. A informação está aí para todos. Não há desculpa. Acho um pensamento bastante útil para estes tempos de empulhação, corrupção, descaramento e impunidade que acometem esta nação de analfabetos, alienados e ignorantes por opção.



A Queda - lembrei da frase de Cícero..."Ignorar o que aconteceu antes de você ter nascido é ser pra sempre uma criança..."
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segunda-feira, 4 de julho de 2005

Guerra dos Mundos


O último filme com a grife Spielberg é um honestíssimo acompanhamento para uma boa pipoca. Quem torcer o nariz, sinceramente, está com má vontade. Quando o chão começa a rachar sob os pés do Tom Cruise sentimos aquela gostosa sensação de estarmos diante de um filme B da melhor estirpe (e não há mal nenhum nisso). A sequência de imagens inicial que funde a gotícula de água com protozoários ao planeta Terra e a um semáforo é um exemplo de síntese que só mesmo um grande cineasta conseguiria fazer.
Além disso, Spielberg parece se divertir fazendo inúmeras citações conscientes a seus filmes anteriores (Contatos Imediatos, Minority Report, Jurassic Park, ET).
Mas desconfio que, em alguns momentos, o seu inconsciente também se manifeste de forma eloqüente. Por exemplo, fica difícil não traçar um paralelo entre as cenas em que as multidões humanas caminham com horror e desalento rumo a um destino fatal aparentemente sem saída e injustificável com as imagens dos judeus rumo aos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Nas palavras de um personagem: "não se trata de uma guerra, mas sim de um mero extermínio".
Muita gente prefere a metáfora mais atual do terrorismo transcontinental do século 21 e do Choque de Civilizações previsto por Samuel Huntington. De qualquer modo, é importante lembrar que a história original saiu da cabeça de um autor impregnado pela novidade darwinista do final do século 19. Mas estas transposições temporais -- e geográficas --já funcionaram bem no cinema antes (vide o Apocalypse Now do Coppola que atualiza para o Vietnã norte-americano a crítica ao imperialismo pensada por Conrad para a África negra britânica). Ou seja: o horror humano é atemporal. E, para nossa sorte, a diversão de exorcizar esse mesmo horror no escuro conforto do cinema, também
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