sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Federico e Giulietta

...ouvindo Più Bella Cosa sexta à noite não sei porquê mas me fez lembrar de um casal que viveu uma das mais bonitas histórias de amor fora das telas...Federico e Giulietta ficaram casados 50 anos. Fellini morreu em outubro de 1993 e Masina se foi 5 meses depois. Em seu último ano de vida, Fellini recebeu uma bela homenagem da Academia que lhe deu um Oscar honorário. No discurso de Fellini há um das declarações de amor mais emocionantes que eu já vi...clique aqui e reveja.


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O Ibope de Woody Allen

Passou ontem na Globo, Match Point, o filme que o próprio Woody Allen disse ser seu preferido. Fiquei curioso para saber a audiência e fui atrás...A novela encerrou com 45 pontos de média, entregando bem alto para o filme. Match Point no entanto ficou com 19 pontos de média, índice considerado baixo. Foi estranho ver as inúmeras chamadas que a emissora soltou nos dias anteriores, vendendo um 'drama', uma história de ambição, infidelidade e mentiras numa locução bem 'grave' que de repente se transformava quando anunciava o nome do diretor de forma 'engraçadinha' "Um Filme de Woody Allen", batendo na velha tecla de que Woody Allen é um diretor só de comédias...
Apesar de não ser um filme "cabeça", definitivamente não é um filme para o grande público.
Mas é um filmaço!...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Fernando Meirelles e seu Ensaio...

Não cheguei a comentar aqui o que achei de Ensaio Sobre a Cegueira de Fernando Meirelles. Vi o filme e li o livro. Acho impossível alguém fazer melhor do que Fernando fez. O livro é difícil de ler, quanto mais de filmar. Fiquei muito feliz com o encontro com o diretor, um cara de muita experiência e uma simplicidade cativante. Comentou do seu jeito claro e articulado, a falta de bons roteiros e roteiristas. E que pretende investir em novos talentos da escrita no ano que vem. Me chamou a atenção a maneira como se referiu a Ensaio..."um fracasso...". Falou também que o mercado de DVD's acabou em alguns países, não por causa do Blue Ray, mas por culpa da pirataria. Contou sobre Som e Fúria, seu último produto na Globo, que estréia em fevereiro. Vamos conferir, claro...Fernando Meirelles merece nossa audiência sempre. Até nos seus "fracassos"...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Exterminador de volta em 2009...


Quem achou que a série Terminator (Exterminador do Futuro) tinha 'terminado' quando Schwarzenneger deixou de ser um robô para virar um burocrata, enfim, quem achou isso se enganou.
Vem aí em junho do próximo ano mais um filhote dessa franquia que pelo jeito vai longe...Terminator - Salvation (Exterminador : A Salvação). Dessa vez sem o Arnoldinho (que anda um pouco ocupado governando a California e fumando charutos...), o filme terá Christian Bale (o Batman) no papel de John Connor, o ex-garoto (agora crescido) que já recebia a visita do andróide desde antes de nascer...

Se quiser ver um trailler clique na figura do Exterminador (que tá cada vez mais parecido com o Iron Maiden...).

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

007 - Quantum Of Solace

Se Sean Connery foi o melhor 007 para o mundo nos anos 60/70 com todo o charme, virilidade e eficiência que James Bond pedia, o mesmo se pode dizer de Pierce Brosnan nos anos 90 e, sem dúvida nenhuma, de Daniel Craig no século XXI (não vou citar o do Roger Moore porque sempre achei esse kitsch demais...). Não dá pra imaginar um ator fazendo melhor do que Daniel Craig essa transição do 007 para as platéias destes tempos. Um público mais acostumado com a violência e pouco sofisticado.
Os mais puristas, antigos fãs da série vão reclamar. Dou uma certa razão pra eles...senti falta da frase lapidar “- Meu nome é Bond. James Bond.” que marcou todos os filmes da série. É a primeira vez que ela não aparece. Isso eu achei mancada...é como nas apresentações de ginástica olímpica em que os atletas devem criar performances novas mas têm que realizar os movimentos obrigatórios. Outra mancada foi a distribuidora não ter encontrado uma tradução satisfatória para o título e lançá-lo no país com o nome “Quantum of Solace”... Seria ao pé da letra algo como uma Partícula de Consolação. Em Portugal chamou-se O Consolo Atômico...
Outra descaracterização é esse James Bond passar o filme inteiro com dor de corno (foi traído pela namoradinha do filme anterior, Casino Royale, aliás uma história muito melhor contada...) e ainda por cima deve ser brocha. Esse 007 só pega uma mulher e a mais gostosa, uma atriz ucraniana, ele não come...Com disse, só pode ser um brocha...
Gostei do vilão francês, interpretado pelo mesmo ator que fez O Escafandro e A Borboleta (você já viu? é sensacional!). A coincidência é ele ser chamado de Dominic nos dois filmes.
O que não é coincidência, muito pelo contrário é a incrível semelhança entre este 007 e a série Bourne. O diretor assistente responsável pelas cenas de ação de Quantum Of Solace é o mesmo de Ultimato Bourne. O mais curioso é que Robert Ludlum criou seu personagem Jason Bourne porque não gostava do estilo mais fantasioso de Ian Fleming, autor/criador de 007. Jason Bourne foi tão inspirado em James Bond que até as iniciais são as mesmas. E hoje, passadas décadas de espionagem, é James Bond quem tenta ser Jason Bourne. Interessante, não? Repare como a cena em que Bond persegue um criminoso nos telhados da Itália lembra demais a perseguição de Bourne nos telhados do Marrocos...
O filme peca na história que nunca é bem desenvolvida mas tem as cenas de ação mais incríveis da série em todos os tempos.
O diretor do filme é Marc Forster, um cara que eu admiro, fez O Caçador de Pipas, Em Busca da Terra do Nunca, Mais Estranho Que A Ficção, etc...e o roteirista é o mesmo de Menina de Ouro e diretor de Crash, mister Paul Haggis...ou seja, só fera na produção.
Não fizeram um grande filme de James Bond mas que vale a pena assistir, isso com certeza!...

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domingo, 2 de novembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona

É assim mesmo, sem vírgulas, sem rodeios, que se escreve o título do novo filme de Woody Allen e que Juan Antonio aborda duas turistas americanas num restaurante em Barcelona: "- Que tal passarmos o fim de semana juntos, apreciando arte, bebendo vinho e fazendo sexo?"
O convite vem de um pintor conhecido na região feito por Javier Bardem. As turistas, Scarlett Johansson e Rebecca Hall, se assustam, debocham, resistem mas acabam cedendo ao convite. O filme começa a pegar fogo quando surge a ex-mulher do pintor, Penelope Cruz, formando o casal que sempre briga mas não consegue viver separado.
Traições, infidelidade, paixões arrebatadoras, tem tudo isso no filme de Woody Allen que é um cara que sabe como poucos olhar para os absurdos que se escondem nos detalhes do nosso cotidiano.
A proposta indecorosa que o pintor espanhol lançou na mesa para as turistas soa divertida tamanho o absurdo da oferta e porque ao mesmo tempo se percebe que mulheres que viajam sozinhas sempre buscam descobertas. "Pensando bem, que mal há em aceitar esse convite...?"
O release do filme tenta bobamente vender a idéia de que nunca Woody Allen foi tão ousado dando a entender que no filme encontraremos cenas tórridas de sexo. Lembro de ter lido alguns na imprensa, na época em que o filme foi exibido em Cannes em maio deste ano, classificando Vicky Cristina Barcelona de amoral, de propagar uma certa "frivolidade"...Acho isso tudo muito superficial porque assim como na vida sexo é muito pouco de tudo que se pode ter de uma mulher, esse aspecto da moral, da ética num trabalho do sr Allen é muito pouco pra se levar desse filme delicioso. Aliás, falando em moral, fiquei pensando que não foi à toa que o primeiro nome do título é o da personagem de moral mais convencional e que na minha opinião conduz toda a história, Vicky, a noivinha americana que tenta mas não consegue resistir ao charme latino de Bardem.
Me deu vontade de saber o que Almodóvar achou do filme...acho que deve ter ficado com uma certa inveja...Vicky Cristina Barcelona é muito bom! Tem momentos engraçadíssimos e um roteiro inspirado...achei a narração em off um pouco 'presente' demais às vezes...mas nada que comprometa o brilho desse inspirado trabalho de Woody Allen. Esses ares europeus estão fazendo muito bem a ele...


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