terça-feira, 23 de maio de 2006

O "Código" Dá Vinte Motivos Pra Você Não Sair De Casa E Ir Ao Cinema...


20 – O filme é muito lento. Quase não tem ação e quando tem, as soluções encontradas pelo roteiro para explicar as escapadas do protagonista são de morrer de vergonha...
19 – O roteiro muda radicalmente o final do livro.
18 – Tom Hanks está velhinho e repetitivo...
17 – Audrey Tautou não aparece pelada.
16 – O Leonardo Da Vinci não aparece no filme.
15 – O Dan Brown já tá rico demais e não precisa do seu dinheirinho na compra do ingresso.
14 – Não dá pra acreditar que o velhinho, diretor do museu, com dois tiros no abdômen, consegue bolar três enigmas, escrevê-los em locais diferentes, esconder uma chave na fresta de um quadro, desenhar o homem vitruviano no chão, tirar a própria roupa e deitar pelado no mármore, tudo isso, antes de morrer!?! Não era mais fácil chamar uma ambulãncia?
13 – A chapinha do Tom Hanks foi inspirada nas madeixas da Mona Lisa.
12 – Ouvir os comentários “intelectuais do público saindo do cinema”: - Eu falei,
cara...Jesus era o maior pegador!... – eu sabia que Deus não existe...sempre soube!... -
A Mona Lisa é a Maria Madalena. E Leonardo Da Vinci é Jesus Cristo!!!
11 – Audrey Tautou não aparece pelada.
10 – As filas.
09 – O trânsito em Sâo Paulo que faz você chegar atrasado e te obriga a sentar no ‘gargarejo’...
08 – O preço do ingresso.
07 – As pessoas sem educação que ainda não conseguem desligar a %#$@*& do celular antes do filme começar.
06 – A parte mais interessante do livro, que são as referências "históricas" (a maior parte delas, mentira), passa tão rapidamente no filme que muita gente não entende atrás do que os protagonistas estão...
05 – A obrigação de, quando te perguntarem, ter que repetir pela enésima vez o clichê: “- Ah, o livro é muuuuuuuito melhor!...”
04 – A impossibilidade de usar a desculpa: “- Ah, mas eu não vi o filme!...” quando começarem aquelas conversas intelectualóides na mesa do bar sobre o papel da Opus Dei na ocultação da verdade sobre a vida sexual de Jesus Cristo...
03 – Ter que aceitar que um velhinho aleijado (o Magneto de X-Men) consegue subjugar todo mundo durante quase o filme inteiro usando apenas duas muletas.
02 – A Opus Dei do filme que parece Os Trapalhões com um Mussum albino e um bispo que é a cara do Zacarias...De tão atrapalhados, um mata o outro...
01 – Audrey Tautou não aparece pelada.

Código Da Vinci

Bem, muito já foi dito e escrito a respeito de O Código Da Vinci...
A melhor coisa que li foi a crítica do Sérgio Rizzo na Folha de quinta, 18 de maio.
Se não leu e quer mais informações a respeito do filme mais comentado do ano, taí...

FILME TEM ELENCO RUIM E ROTEIRO FRÁGIL E BUROCRÁTICO
Sérgio Rizzo - Crítico Da Folha
Primeiro, aos que leram "O Código Da Vinci": a adaptação para cinema não se resume apenas a jogar fora situações do romance, algo natural diante da impossibilidade de condensar toda a ação em 140 minutos. Há também uma série de variações -algumas pequenas, outras mais significativas, sobretudo no final.Pode ser que o roteirista Akiva Goldsman tenha preferido suas soluções às de Dan Brown, mas é provável que as alterações sirvam ao objetivo primordial de criar novidades para quem já conhece a trama e tende a encarar o filme com certa desconfiança.De qualquer forma, com Goldsman nunca se sabe: depois de perpetrar "Batman e Robin" (1997) e "Perdidos no Espaço" (1998), ele ganhou o Oscar de roteiro adaptado por "Uma Mente Brilhante" (2001) e assinou também "A Luta pela Esperança" (2005), os dois últimos em parceria com o diretor Ron Howard, que o trouxe para "Código".O que era "Uma Mente Brilhante"? Um filme de ator (e que ator: Russell Crowe) delineado em torno de um só personagem (e que personagem: gênio e maluco em doses cavalares). "O Código Da Vinci" tem arquitetura mais descentralizada: aventura com ações paralelas, meia dúzia de personagens relevantes para o encadeamento da trama.Para complicar, o pano de fundo de almanaque, conduzindo à obrigação de combinar ingredientes de história, religião e arte. Costumou-se dizer que o livro era um roteiro pronto, mas aí está o filme para demonstrar o contrário: quando segue o romance ao pé da letra, o resultado é burocrático e insatisfatório; quando procura escapar dele, frágil.A escolha do elenco tem sua cota de responsabilidade, claro. Tom Hanks e Audrey Tautou não foram capazes de fazer por seus personagens o que Ian McKellen e Jean Reno conseguem, ao usar os traços descritos por Dan Brown para compor figuras de identidade própria. Já Alfred Molina e Paul Bettany, a turma da Opus Dei, beiram o constrangimento.Agora, aos que não leram e não pretendem ler: "O Código Da Vinci" procura ser didático para não deixar ninguém com a sensação de que perdeu um pedaço importante da história. Na medida em que a correria permite, explica-se o essencial. O problema é que, neste caso, o essencial talvez seja pouco.Além disso, a pretensão de deixar tudo muito explicadinho soa escolar, no mau sentido do termo. Em vez de fluir naturalmente, a narrativa tem "legendas", por meio de diálogos que contam o que não se viu e de inserções ao estilo PowerPoint que resumem abruptamente informações e linhas de raciocínio.E, aos quem não leram o romance e não pretendem ver o filme exclusivamente por questões de fé: no final das contas, o discurso da adaptação para cinema é carola e inofensivo. Até a Opus Dei, vilanizada como instituição no livro, recebe tratamento mais moderado, quase gentil.Eis um filme com comportamento de candidato que acende uma vela para Deus e outra para o diabo em tempo de eleição: nem tanto à esquerda nem tanto à direita, muito pelo contrário. "O Código Da Vinci" quer ficar bem com todo mundo, mas é provável que essa ambição desmedida lhe renda o castigo de gerar descontentamento em todo mundo.

quinta-feira, 11 de maio de 2006

O cara é bom...


Quando saí do cinema depois de ver a este terceiro Missão Impossível fiquei me perguntando: - mas por que será que pegam tanto no pé do Tom Cruise?...O cara sempre foi tão críticado...qualquer coisa que faz vira motivo de piada, chacota...porque ele subiu no sofá da Oprah pra dizer que estava apaixonado disseram que era exagero, que era marketing...porque ele fez mais um filme com Spielberg, ele tinha intenções meramente comerciais...porque o cara é de uma religião diferente, então ele come placentas e proíbe a mulher de gritar no parto...
Tom Cruise nunca quis ser um Al Pacino, um Robert de Niro, um Jack Nicholson...assim como Steve McQueen nunca teve a pretensão de ser Lawrence Olivier.
Ele é um astro de filmes de ação e ninguém pode duvidar de que hoje é o mehor.
Um exemplo que ilustra bem a diferença entre astro e ator foi o episódio que aconteceu na coletiva de lançamento de Missão Impossível 3, em Roma. O recém premiado com o Oscar de melhor ator, Philip Seymour Hoffman estava respondendo a uma pergunta dos jornalistas quando Tom Cruise chegou, estava atrasado. A resposta do sr Hoffman ficou pela metade e a partir deste momento nenhuma outra pergunta foi dirigida a ele. Todos só queriam saber como foi para o sr Cruise fazer aquela cena, como está a filhinha e o casamento...
O cara é uma das maiores estrelas do cinema em todos os tempos.
E é bom ator quando quer...não se pode esquecer que quando fez Magnolia, um filme deslumbrante, o sr Cruise está especialmete bem...
Tudo tem sua hora e seu lugar e Missão Impossível 3 é um programaço pra quem tá procurando emoção, aventura, cenas incríveis e efeitos na dose certa!
Ação alucinante, cenas vertiginosas e o seu ponto forte: um roteiro bem amarrado. Coisa que há muito tempo falta nos 007's. Mérito do diretor J.J. Abrams que criou Lost e Alias, entende do negócio.
E é bom saber que tem gente de TV fazendo Cinema com tanto talento.
Vou ver de novo...e posso falar mais uma coisa: o cara é bom...