quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Visitante

Foi também no início deste ano que assisti a um filme sensível e muito bonito chamado O Visitante. A história de um professor universitário viúvo, solitário, desencantado que descobre que em seu apartamento em outra cidade estão morando um casal de imigrantes ilegais. O marido é percussionista de ritmos africanos e graças ao poder da música cria um laço de amizade e admiração com o professor feito por Richard Jenkins, um daqueles rostos que vc já viu em dezenas de filmes mas nunca deu bola. Seu trabalho neste filme mereceu uma indicação ao Oscar deste ano porque está simplesmente sensacional. Após ser preso pela imigração entra em cena a mãe do percussionista feita pela grande atriz isralense Hiam Abbas de Lemon Tree, filmaço que já comentei aqui. Meus amigos, a energia que irradia deste casal quando estão juntos em cena é uma das coisas mais lindas que o cinema recente já produziu. Dois atores maduros cientes de que tinham na mão papéis especiais numa história especial...resultado: um show de interpretação! Trata-se de uma história triste, envolvendo problemas reais e um personagem deprimido. Parece uma carga e tanto de emoções negativas, mas acredite, o filme consegue contar a história de uma forma muito bonita e poética.

sábado, 2 de maio de 2009

Wolverine é um marco...

...infelizmente por motivos nada legais. Um mês antes da estréia, o novo X-Men com um personagem só, vazou na internet. Mais de 50 mil downloads foram feitos no mesmo dia. Isso não impediu até agora de Wolverine - Origens ser um campeão de bilheteria em seu primeiro final de semana. Só no dia da estréia foram mais de 76 milhões de reais. Agora os especialistas da companhia vão ficar de olho para ver como o filme se comporta nos cinemas. Aqui no Brasil tivemos o exemplo de Tropa de Elite, que também vazou na rede e o longa foi um dos maiores sucessos da história do cinema nacional. Sei não. Tá me parecendo que vai chegar o dia em que os estúdios lançarão seus filmes numa versão para a internet e depois numa versão completa, full no cinema. Vira uma bela máquina de divulgação. Aguardemos....

O Leitor

O filme que deu o Oscar para Kate Winslet neste ano é um filmeco pra ser esquecido. Trama inverossímel, personagens mal resolvidos, direção fraca e uma atriz principal se esforçando para dar algum peso a esse samba do crioulo doido. Ela faz uma alemã com o passado ligado ao nazismo. Se envolve com um garoto uns 20 anos mais novo. Seu papel era pra ser de Nicole Kidman mas esta disse não ao seu amigo o diretor Stephen Daldry (que a dirigiu em As Horas, que lhe rendeu um Oscar) que chamou Ms Winslet que disse ser seu trabalho mais difícil , já que nunca havia vivido nada parecido com a vida de sua personagem. Aliás acho difícil algum ser humano na face da terra passar por algo parecido com o dramalhão mexicano vivido por Hannah Schmidt. É a única história do mundo em que uma pessoa prefere morrer do que assumir que não sabe ler...putz, contei o final do filme...mas quer saber? Não se preocupe. Não vale a pena ver mesmo...pior foi ler uma entrevista com o diretor não sei aonde dizendo que ele pretendia mostrar o drama de pessoas vítimas do preconceito por terem participado do nazismo na Segunda Guerra Mundial...pelamordedeus, cala a boca, meu senhor...

O Casamento de Rachel

Vi este filme na época do Oscar, prêmio a que concorreu em várias categorias. É dirigido por Jonathan Demme que depois de um longo hiato (ele é lembrado pelo sucesso O Silêncio Dos Inocentes) volta com este drama familiar que aqui entre nós achei delicioso. Graças ao show de interpretação que dão Anne Hathaway (a estagiária de Diabo Veste Prada) e Bill Irwin, velho coadjuvante de n filmes que vc já viu, um ator cinquentão que faz o pai de Anne. Esses dois valem o filme. Sabe aqueles momentos inspirados que arrepiam a platéia, picos de energia dramática que atores sonham em alcançar porque lhes rendem aquela cena pela qual eles serão lembrados? Tem vários momentos assim neste filme. Anne faz Kym a filha complicada e atormentada que ganha uma breve licença de uma clínica de intoxicação para participar do casamento de sua irmã, a Rachel do título. A volta de Kym traz também assuntos que estavam escondidos no sótão daquela família. Traumas, culpas, relacionamentos, tudo vem à tona e a cerimônia corre o risco de ser um desastre. Mr. Demme faz aquela direção nervosa, muito na moda nestes tempos de câmera no ombro e muita trepidação. Cansa um pouco porque na tela grande do cinema tudo fica mais. Em compensação o que ele consegue arrancar de seus atores é um espetáculo que merece ser visto. A família de Rachel e Kym é rica, moderna e liberal. A cerimônia é produzida para ser original, suntuosa e inesquecível. Só tenho uma observação a fazer ao Mr. Demme que tenho certeza deve estar lendo estas mal traçadas: será que não tinha um ator um pouquinho menos sem graça para fazer o papel do noivo de Rachel??
Ô cara sem sal!...Mas o filme é bom.

Noooossa quanto tempo!...

É tanto trabalho, tanta correria, tanta coisa acontecendo na minha vida que meu bloguinho andou abandonado uns bons tempos...fui ao cinema neste interregno (nossa nunca achei que fosse usar essa palavra...consegui!...;) sem registrar nada aqui no site. Lacuna que tentarei preencher no próximo post. Agradeço a esta minha platéia sempre vazia pela paciência. Seu silêncio é o que faz o sucesso deste blog! Grazie mille!...