quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Roman Polanski é pai do Leonardo?

O cineasta Roman Polanski e o ex-jogador e técnico do Milan Leonardo. Um pegou uma americana menor de idade, o outro pegou o lateral americano na copa de 94 com uma cotovelada animal. Dois exemplos do antiamericanismo que persiste neste mundo ingrato...

domingo, 22 de novembro de 2009

Lula, o Filho do...

Só vou assistir o filme do Lula se ele morrer no final.

Quem Quer Ser Um Milionário

Saiu em DVD numa edição dupla muito bacana da Europa o vencedor do Oscar de melhor filme deste ano, Slumdog Millionaire, do Danny Boyle. Alguns críticos na época escreveram que era uma injustiça que este filme ganhasse de Benjamin Button. Bem, revi os dois e a verdade é que Benjamin Button não resiste a uma segunda vez...passada a euforia de seu lançamento a filosofada que o filme tenta dar se torna boboca e sem profundidade. Um roteiro pretensioso que só conseguiu ficar boboca...Já o filme de Boyle encantou e encanta quem assiste. Fotografia e elenco impecáveis, a maior arma de Quem Quer Ser Um Milionário é seu roteiro muito bem elaborado. Eu tenho inveja de quem criou essa história!...

Polanski

Roman Polanski continua preso na Suíça. Após 30 anos longe do território americano onde é procurado pela polícia por causa de um crime que cometeu em 1978, o diretor polonês aguarda sua extradição para julgamento e possível condenação. Ele tinha acabado de desembarcar em Zurique onde iria receber um prêmio por sua obra.
30 anos atrás ele se encontrava numa festinha daquelas na casa do Jack Nicholson quando às 3 da manhã violentou uma garotinha de 13 anos que estava no local. (o que uma garotinha de 13 anos faz às 3 da manhã numa festa na casa do ‘Coringa’?!?) Diretor de O Pianista, Chinatown, Dança dos Vampiros , Bebê de Rosemary, Polanski tem uma história de vida recheada de momentos dramáticos. Perdeu sua mãe morta num campo de concentração, vagou e passou fome na Polônia ocupada pelos nazistas, sua primeira esposa foi assassinada aos 8 meses de gravidez. Ganhou Oscar mas não pode ir à cerimônia da Academia. Nos EUA não tem conversa e esse episódio prova que nem um artista reconhecido internacionalmente está acima da Justiça americana.
Lembrei que ainda tem o caso do Wesley Snipes, outro foragido da justiça por problemas com o fisco e com pensões atrasadas que também se mandou dos EUA. Mas o Blade é o Blade, tem poderes de super herói... Polanski é apenas um grande diretor. Criou imagens que vão ficar pra sempre. Não dá pra esquecer do Jack Nicholson e seu nariz estiletado em Chinatown, ou do polonês que se transforma em um rato de O Pianista ou ainda do desespero estampado no rosto da mãe atormentada em o Bebê Rosemary. Curioso que o governador da California (estado onde corre o processo), um ex-astro de cinema igualmente de origem européia, Sr. Schwarzeneger, já mandou avisar que não quer nem saber. Mesmo a vítima ex-adolescente, hoje uma senhora de 45 anos, tendo declarado que quer que o caso seja arquivado, se Polanski pisar na América, será tratado conforme manda a Lei. É cana mesmo, sem choro nem vela. Parece o Brasil, né?...

Fico com pena desse fim para esse grande artista. seu Pianista me comove até hoje. Vi o filme em 2003 quando vivia um momento delicado de escolhas profissionais e fiquei estarrecido com o pobre músico polonês que insiste em permanecer em sua terra massacrada pelos nazistas e o processo através do qual ele vai se desumanizando até se tornar um rato escarafunchando nas ruínas do Gueto por uma lata de comida. Um filme genial de um pobre diretor genial...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Freud, Sartre e Huston...

Tô feliz! Finalmente minha dvdoteca recebe um filme que há muito eu esperava e que só agora está sendo lançado em DVD pela sensacional Versátil (um dia ainda vou ter dinheiro e comprar todos os títulos da Versátil...). Tô falando de Freud, que aqui no Brasil tem o subtítulo de Além da Alma. Um trabalho majestoso de um mestre do cinema, John Huston. Quem não gosta de filme antigo, acha que a história do cinema começou com Guerra Nas Estrelas, tem preconceito com filme em P&B, nem leia o resto. Vou escrever aqui sobre um filme de 1962 que é na minha modesta opinião uma obra-prima. A história que envolve os bastidores desta produção já é rica em detalhes únicos. Huston, já renomado diretor, decide contar a história dos primeiros anos do jovem Freud, aqueles em que formara as teorias que revolucionariam o pensamento humano acerca de si mesmo. Chamou ninguém menos que Jean Paul Sartre, no auge de seu prestígio nos dourados anos 60, para escrever o roteiro, tarefa que o existencialista aceita com paixão. E a paixão foi tanta que dois meses depois, Sartre aparece diante de Huston, como o próprio dissera na ocasião, com um calhamaço “grosso feito minha coxa”! Diante da determinação do diretor de que o roteiro seria cortado, Sartre e Huston brigaram feio, a ponto do primeiro exigir que seu nome não constasse dos créditos. Anos mais tarde, o roteiro de Sartre foi lançado em livro (aqui no Brasil pela editora Record) e não dá pra negar sua autoria no roteiro. O filme de Huston está todinho lá. Para interpretar o jovem dr.Freud, Huston chamou um astro decadente, neurótico e depressivo, Montgomery Clift, um cara que gastava uma fortuna com psiquiatras...foi seu penúltimo filme e, na minha opinião, seu melhor trabalho. Chegou a ser demitido nas filmagens por causa de seus atrasos. Morreu no trabalho seguinte por causa do álcool e drogas. O clima sombrio, porque não dizer quase de um filme noir já que narra a investigação de Freud por respostas ocultas no inconsciente, dão um charme especial a este filme que nunca fez o sucesso que merecia mas é brilhante!...