quinta-feira, 31 de agosto de 2006

A Casa do Lago

É bom lembrar que, às vezes, quando quer fantasiar, é comum um filme apresentar uma solução fantástica sem dar explicações nem ter compromisso com a lógica, para contar uma história.
Quando no final do filme você se sente satisfeito com a experiência estética que acabou de assistir, o fim justificou os meios, como em O Anjo Exterminador de Bunüel.
Aqui em A Casa do Lago, a historinha parece até que vai ficando legal e você até vai aceitando a decisão do autor numa boa de colocar o casal principal trocando cartas mesmo estando em anos diferentes: ela vive em 2006 e ele em 2004 e seu elo de contato é uma caixa de correspondência mágica de uma linda casa de vidro que fica num lago (?!?!?!).

O charme do casal faz você engolir essa maluquice, Sandra Bullock é muito bonita e Keanu Reeves é um cara bacana. Você acha que o filme está caminhando para um fim trágico mas correto quando vem o final boboca e comercial. Daí você não sabe se ri ou se chora de raiva de ter pago ingresso pra ver essa m... Me deu saudades dos grandes produtores que não faziam concessão ao público e deixaram grandes histórias de amor em que o casal não terminava num final feliz...Ainda assim cho que arquitetos vão gostar de ver a casa do filme e especificamente de um diálogo entre o personagem de Keanu e seu pai, os dois arquitetos.
Fiquei com raiva porque poderiam pelo menos ter feito deste filme um daqueles sucessos românticos da moda tipo Cidade dos Anjos, Íntimo e Pessoal, Ghost, etc...Mas nem isso.
Pra atrapalhar deixo uma foto que estraga o final do filme pra quem for ver...Huahuahuahuahua!!!

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