segunda-feira, 31 de março de 2008

Os cinco filmes mais caros da história...

Em valores atualizados, com o dólar corrigido aos dias de hoje, os cinco filmes mais caros da história do cinema seriam:
1 - Guerra e Paz (alguém viu?...) de 1956, custou 560 milhões de dólares.
2 - Cleopatra, aquele com a Elizabeth Taylor, de 1963...precisou de 286 milhões de dólares pra ser produzido.
3 - Titanic, de 1997...custou 247 milhões de dólares
4 - Waterworld de 1995...gastou 229 milhões de dólares
5 - O Exterminador do Futuro 3 produzido em 2003...custou 216 milhões de dólares.

domingo, 30 de março de 2008

O corte-seco mais incrível de todos os tempos...

Faz exatamente 40 anos...
O filme estreou nos Estados Unidos na primeira semana de abril de 1968. E a ficção científica nunca mais foi a mesma.
Não dá pra lembrar de 2001: Uma Odisséia No Espaço e não citar uma das cenas mais sensacionais da história do cinema.
Em linguagem cinematográfica ou de TV, corte-seco é o corte mais simples que se pode fazer numa edição. É simplesmente juntar duas cenas sem absolutamente nenhum efeito. É pegar dois pedaços de filme ou fita e colar.
Em 2001, Stanley Kubrick fez de um corte-seco a maior elipse de tempo da história da sétima arte. Do osso pré-histórico à nave espacial em um único salto...Clique e veja.
Uma cena para sempre!...

O autor da Odisséia foi pro espaço...

O escritor Arthur Clarke morreu na semana passada aos 90 anos. Deixou como legado inúmeros livros de ficção científica e o roteiro que virou livro de 2001: Uma Odisséia no Espaço. Clicando na imagem você assiste o vídeo com seu último depoimento gravado em dezembro do ano passado quando completou 90 anos. Tá num inglês bem simples pra quem tem nível intermediário no Fisk consegue entender...Um cara visionário, genial, que quando fez parceria com outro gênio, Kubrick, conseguiram produzir a mais fantástica e enigmática obra do gênero. Até hoje, 2001 tem um dos finais mais intrigantes da história do cinema. Todo mundo tem a sua interpretação do final do filme. Recentemente lançaram os principais filmes de Kubrick em versão caprichada em DVD, cheio de extras. A de 2001 vale a pena comprar. Os documentários e making off são sensacionais!...

sábado, 22 de março de 2008

Antes de Partir

Rob Reiner é um diretor em que presto atenção. Não é um grande nome do cinema, nunca será venerado como um gênio que entrou pra história da sétima arte, provável que nunca leve um Oscar...mas eu o admiro.
Além da cara de gordinho amigão (tipo um Papai Noel mais jovem...) acho que ele tem uma incrível capacidade de criar emoção. Emoção numa forma pura que brota de situações simples, corriqueiras. Se tem uma palavra pra definir sua obra é Simplicidade...

Em todo filme de Rob Reiner (que é filho do Carl Reiner, o ator mais velho da turma do 11,12,13 Homens e um Segredo [e diretor de comédias engraçadíssimas como aquela com o Steve Martin Clente Morto Não Paga, você já viu?...]), em todo filme de Rob Reiner tem pelo menos uma cena que me marca, que me emociona...

Jack Nicholson gritando na cara do Tom Cruise “..are we clear?” (estamos entendidos!) e depois desabando de ódio e confessando em pleno tribunal que tinha mandado mesmo matar o recruta que considerava fraco em Questão de Honra...

O clima de amizade sincera como só as crianças podem sentir, presente em Conta Comigo (Stand By Me, de 1986), e aquele grupo de garotos inesquecíveis do interior dos EUA...

Bruce Willis e Michelle Pfeiffer tentando salvar o casamento conversando sobre o ponto alto do dia de cada um em A História de Nós Dois (Story Of Us) um filme de 1999, que não foi um grande sucesso mas tem momentos lindos...

E o meu favorito, Harry e Sally, que gosto de tudo. Filme que fez Meg Ryan virar a namoradinha da América por uns tempos e indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 1989.

Este Antes de Partir entra na lista dos filmes emocionantes de Rob Reiner. Daqueles que causam muita choradeira nas salas. O filme é tocante, não há como negar. É também o registro de um grande encontro. De dois grandes nomes do cinema do nosso tempo: Jack Nicholson e Morgan Freeman, esplêndidos.
A história é de certa forma até previsível. Dois velhos, se tornam amigos no hospital quando recebem a notícia de que têm pouco mais de seis meses de vida. Daí decidem fazer uma lista com coisas que querem fazer ”antes de partir”. E na lista tem aquelas coisas manjadas, de livro-de-auto ajuda tipo “testemunhar algo grandioso”, “beijar a garota mais bela”, etc...
Como cinema é um filme simples.
Mas será que não é aqui que se esconde o verdadeiro recado deste filme?
Ao optar por uma direção 'simples' de uma história ‘simples’ , Rob Reiner nos relembra o que todos nós sabíamos (ou deveríamos saber)...que nessa vida, são as coisas simples que importam.
Vejam só minha incompetência...precisei de todas essas linhas pra dizer o que mr. Reiner disse em um belo filme.
Melhor fez o nosso Drummond quando escreveu que “...as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão...”.
Vou dormir que é melhor...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Rambo 4

O Contardo Calligaris que escreve na Folha e é um cara muito mais respeitável do que eu, escreveu um texto bacana sobre o filme Rambo 4, que eu não tive saco de ver mas deixo artigo dele aqui...

"O filme Rambo 4 estreou há pouco no Brasil. Assisti ao filme mais de um mês atrás, no dia de sua estréia nos Estados Unidos. Foi numa sala do cinema AMC, na rua 42, em Nova York, e o espetáculo era mais na platéia do que na tela: já durante as propagandas e os trailers, surgiam gritos que queriam apressar a chegada do guerreiro: "Rambooo!!". É fácil entender por que John Rambo é um herói popular: ele é um concentrado dos devaneios do indivíduo ocidental. É o pistoleiro de "Gatilho Relâmpago": ninguém imagina quem ele é e do que ele é capaz (parecemos inócuos pais de família, mas somos tigres adormecidos, viu? Não cutuque). É Shane, o andarilho misterioso de "Os Brutos Também Amam" (e de seu remake "O Cavaleiro Solitário"), que chega, faz justiça e vai embora ferido, levando consigo o coração de mulheres e crianças. É o delegado de "Matar ou Morrer", que, sozinho ou quase, enfrenta a todos. E é também, desde o primeiro filme da série, um homem à procura de um pai. Que mais poderíamos querer da vida? Claro, Rambo é execrado por quem gostaria que nosso repertório de sonhos fosse diferente. Além disso, os filmes de Rambo são, no mínimo, desiguais. Mas não quero falar nem da qualidade cinematográfica dos filmes nem da relação de Rambo com o protótipo do herói promovido pelo western hollywoodiano.
Há um outro aspecto da série que me interessa mais: os filmes de Rambo traçam um retrato das variações de um estado de espírito dos norte-americanos nos últimos 25 anos. O primeiro, "First Blood" (primeiro sangue, mas, no Brasil, o título foi "Rambo"), de 1982 (inspirado num romance de 1972), expressava perfeitamente o conflito de uma nação que passava da oposição contra a guerra no Vietnã, nos anos 70, à sensação culpada de ter traído seus próprios soldados. O segundo, de 1985, era a conseqüência imediata do primeiro: o resgate dos hipotéticos prisioneiros da mesma guerra lavava, enfim, a honra nacional. Poucos anos mais tarde, o sucesso do musical "Miss Saigon" confirmava essa peripécia espiritual: a vergonha de uma guerra impopular era substituída pela vergonha de ter abandonado amigos, aliados, presos e (essa era a novidade do musical) as crianças nascidas dos amores de guerra. No terceiro, de 1988, Rambo já desistira de guerrear. Ele só ia à luta, no Afeganistão ocupado pelos soviéticos, para salvar o coronel Trautman, seu mentor. Mesmo na Guerra Fria "tradicional", em suma, só vale a pena lutarmos se for para defender os "nossos", ou seja, os mais próximos. Hoje, o quarto (e último, imagino) filme de Rambo é uma espécie de conclusão lógica: intervir, meter-se na casa dos outros é impossível. Os missionários, com Bíblias e remédios, não mudam nada no horror que eles visitam. No melhor dos casos, eles satisfazem sua própria consciência culpada; no pior, eles acabam mortos. A força tampouco muda nada, ela deixa mais um rastro de sangue, e as coisas continuam iguais. Só resta voltar para casa. No meio da atual aventura iraquiana, que não tem saída em vista e produziu, como efeito, a substituição de um horror por outro, a derradeira aventura de Rambo completa uma longa argumentação pelo isolacionismo -que é uma antiga tentação americana, crescente desde a Guerra do Vietnã. É possível que uma vitória dos democratas nas eleições presidenciais de novembro leve os EUA a adotar a escolha final de Rambo. Seria um alívio? Pode ser. Mas talvez seja mais sábio ficar com um "veremos". Afinal, não sabemos como seria o mundo sem o intervencionismo americano."

domingo, 16 de março de 2008

Um Bom Ano...

...revendo o agradável Um Bom Ano em dvd, percebo que o filme ganhou mais um bom motivo pra ser visto por quem o ignorou nos cinemas...O filme dirigido por Ridley Scott (que dispensa comentários...) e protagonizado pelo ótimo Russel Crowe conta com uma atriz que agora entrou para a categoria das oscarizadas, Marion Cotillard, o que traz mais charme a este filme que dá uma vontade tremenda de viajar...quando foi rodado, em 2006, Marion ainda não tinha feito Piaf, papel que deu a ela o prêmio da Academia neste ano. Portanto trata-se de um casal de peso, já que Russel também ganhou em 2002 por Uma Mente Brilhante...Um Bom Ano não é um filme qualquer...

quinta-feira, 13 de março de 2008

O Homem de Ferro

Tá chegando às telas a versão cinematográfica do clássico Homem de Ferro. No papel do Iron Man está Robert Downey Jr. O trailer já tá disponível. Quem quiser ver, clique na imagem.

terça-feira, 11 de março de 2008

Bilheteria

Atenção para as dez maiores bilheterias no Brasil em 2008. Até o dia de ontem, os dez filmes mais vistos pelos brasileiros neste ano são:
1- "Eu Sou a Lenda"
2- "Meu Nome Não É Johnny"
3- "Alvin e os Esquilos"
4- "A Lenda do Tesouro Perdido"
5- "A Bússola de Ouro"
6- "O Caçador de Pipas"
7- "PS Eu Te Amo"
8- "Juno"
9- "O Gângster"
10- "Meu Monstro de Estimação"

segunda-feira, 10 de março de 2008

Todos Contra Zucker

O Cinema Alemão está mesmo vivendo uma fase muito rica. Adeus, Lênin! , Edukators , A Vida dos Outros são só alguns exemplos de grandes filmes recentes produzidos na Alemanha.

Este Todos Contra Zucker é uma comédia inteligente e engraçada sobre um certo Jacob Zuckermann, o Zucker do título, um judeu malandro que vive na Berlim de logo depois da queda do Muro que se vira pra pagar um monte de dívidas e reconquistar o amor da mulher e dos filhos.
Sua mãe morre e para que Zucker receba uma parte de uma suposta herança ele tem que voltar a conversar com o irmão judeu ortodoxo com quem não falava há muito tempo.
As respectivas famílias são obrigadas a viverem juntas por uma semana na mesma casa. E aí o filme fica engraçadíssimo!...

Muitas piadas de judeu que devem ter deixado Woody Allen morrendo de inveja...!

Uma coisa me deixou intrigado: por que o filme só estreou aqui agora se ele é de 2004?...

Confira onde está passando aqui.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Na Natureza Selvagem 3...

Um rapaz de 22 anos sai da faculdade de antropologia e história com as melhores notas da turma e decide abrir mão de absolutamente de tudo (família, dinheiro, carreira, futuro) pelo sonho de viver uma aventura de verdade no Alasca, sobrevivendo apenas com o que pudesse extrair da natureza.
Essa foi a decisão que o jovem Christopher McCandless tomou em 1990. Ele buscava uma vida menos materialista como a dos clássicos românticos que costumava ler em sua juventude. Thoreau, Jack London, Tolstoi, Byron...o filme está cheio de citações que ajudam a entender a cabeça do jovem McCandless. Ele pediu carona para várias pessoas, morou numa comunidade hippie, fez rafting no rio Colorado, foi parar no México, sempre anotando, lendo e deixando marcas profundas nas pessoas que cruzaram seu caminho em seus anos de andarilho. Christopher McCandless não teve um final feliz...não vou aqui contar o que acontece com ele, mas como se trata de um fato verídico, talvez você já conheça o fim dessa história. Se você não sabe e não quer que eu estrague sua ida ao cinema, pare de ler aqui.

Se o Oscar fosse sério, Emile Hirsch teria sido pelo menos indicado na categoria de melhor ator. Seu personagem começa o filme pesando 70 quilos e nas cenas finais no Alasca chega aos 52 !...Além do tremendo esforço físico (não existe dublê nesse filme) Emile está espetacular demonstrando uma maturidade raríssima pela sua pouca idade.

Sean Penn levou 10 anos pra convencer a família de Christopher a lhe dar a autorização para filmar. Os McCandless não queriam ver a vida do filho perdido transformada em uma historinha açucarada como Hollywood costuma fazer. Sean Penn tinha muita certeza do que queria. Não desistiu enquanto não conseguiu os direitos sobre a história. Como roteirista e diretor ele dá o tom certo ao filme que não faz concessões ao emocionalismo barato. Ninguém sai do cinema chorando neste filme. Mas só se você tiver um coração de pedra, Na Natureza Selvagem não vai arrebatar seu espírito. Há imagens de uma beleza tão impressionante dos lugares por onde Christopher passou a caminho do Alasca digna dos momentos mais inspirados da história do Cinema. O diretor de fotografia, Eric Gautier, foi chamado por Penn depois que este assistiu ao Diários de Motocicleta do Walter Salles. A trilha sonora é um show a parte...é toda ela obra do vocalista do Pearl Jam Eddie Vedder que ganhou até Globo de Ouro pelo seu trabalho!...

Christopher McCandless morreu de fome e frio aos 24 anos após 113 dias de Alasca. Seu corpo foi encontrado dentro dos destroços de um ônibus escolar abandonado pesando apenas 30 quilos. O local se tornou um ponto de peregrinação e culto ao mito de McCandless. Hippies e andarilhos de toda parte vão até lá para ver a última morada de Mr. Supertramp (como ele se auto-intitulou). Suas botas e seus escritos estão lá até hoje. Na porta do ônibus é possível ler o que pode ter sido a última mensagem do garoto:
"S.O.S. Eu preciso de sua ajuda. Estou machucado, quase morto e fraco demais para sair daqui. Estou totalmente só, não estou brincando. Pelo amor de Deus, por favor, continuem tentando me salvar. Estou lá fora pegando frutas nas proximidades e devo voltar esta noite. Obrigado, Chris McCandless. Agosto?"

Contra a vontade dos produtores, Sean Penn decidiu filmar nos locais exatos por onde Chris havia passado. Menos no ônibus. Penn temia os estragos que uma equipe de filmagem poderia fazer no espaço. Não filmou lá por respeito.

Respeito...solidão...bondade...abnegação...são fragmentos que ajudam a dimensionar a grandeza deste filme feito para vida toda. Imperdível!...

Confira onde está passando aqui.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Na Natureza Selvagem 2...

Antes de comentar Na Natureza Selvagem (Into The Wild) o filme do Sean Penn, preciso falar de dois livros que li na adolescência e que mexeram muito comigo. O primeiro foi O Fio da Navalha, do Somerset Maugham, um romance em que pela primeira vez aprendi o significado da palavra abnegação. Um jovem aristocrata (e aventureiro) americano vê seu melhor amigo dar sua vida por ele na Primeira Guerra Mundial. O eterno mistério da morte faz com que ele questione a própria vidinha materialista que leva, partindo em busca de respostas que ele vai encontrar na Índia e na milenar filosofia oriental. O jovem (Larry) muda para sempre.
O segundo livro que quero citar aqui é outro clássico americano, Walden ou A Vida Nos Bosques, do Thoreau, que fui ler assim que vi Sociedade dos Poetas Mortos lá nos meus 18 anos. O trecho “...eu fui à floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente e sugar a própria essência da vida...expurgar tudo o que não fosse vida; e não ao morrer, descobrir que não havia vivido...” foi um dos mais repetidos no mundo inteiro depois do filme. Se Walden não tivesse sido escrito, não teria havido Ghandi, a geração hippie ou o movimento ecológico... foi assim que descobri porquê gosto de fazer trilha...A Vida Nos Bosques não é só um livro, é uma semente.
Depois de dar essas informações, agora posso contar num próximo post porquê Into The Wild me emocionou tanto...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Na Natureza Selvagem...


...já faz alguns dias que assisti mas ainda estou digerindo esse filme, Into The Wild...foi como uma bomba de efeito retardado em mim, por vários motivos...me peguei chorando algumas vezes lembrando do que tinha visto...um daqueles filmes que vou guardar no coração...lindo, lindo...

Que bom que o Cinema existe!...

terça-feira, 4 de março de 2008

Estréia, finalmente, Sicko...

O último trabalho de Michael Moore estréia nesta semana no Brasil. O documentário ataca desta vez o sistema de saúde norte-americano. Já comentei o filme aqui quando o vi na Mostra no ano passado. É duca...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Speed Racer vem aí...

...meu piloto favorito na infância chega às telas do cinema em maio. Speed Racer, que dirige o lendário Mach 5 e é dirigido pelos irmãos Wachowski, os caras que fizeram Matrix. Quem faz o Speed é o jovem Emile Hirsch, que fez o ótimo Alpha Dog e Na Natureza Selvagem, um cara que merece atenção.
Quem quiser dar uma olhada no trailler é só clicar na imagem.
Sensacional!...