quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Escafandro e A Borboleta

Filmes que contam o drama de quem fica paralisado, paraplégico, inválido, em coma, existem aos montes...é um caminho conhecido este de comover as platéias mostrando personagens em situações terminais. Não dá pra escapar da armadilha que faz pensar: ...mas e se fosse comigo? Como eu reagiria numa situação dessas?
Mas o fato é que nada se compara com este belíssimo, poético e sensacional O Escafandro e A Borboleta.
A história verídica do editor da Revista Elle que na década de 90 sofreu um AVC e perdeu todos os movimentos do corpo com exceção da pálpebra do olho esquerdo. É piscando essa pálpebra mais a dedicação de uma fonoaudióloga que permitem que Jean-Dominique se comunique com o mundo. E é assim que ele escreve um livro contando sua aventura final.
O filme é espetacular! Na última edição do Oscar recebeu várias indicações (fotografia, montagem, roteiro e direção). O diretor consegue dar o tom certo, sem deixar o filme cair na pieguice, no emocionalismo barato...a fotografia é maravilhosa e os atores dão um show...
Nunca, nunca na história do Cinema o conhecido recurso da câmera subjetiva foi tão bem explorado num filme!
Uma peça magnífica que te leva a pensar nos desperdícios da vida, nos amores que não vivemos, no tempo que perdemos e que nunca voltará...

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bonita observação no final!