terça-feira, 13 de novembro de 2007

Vittorio de Sica e os pobres Ladrões

Foi num dia 13 de novembro que morreu um dos maiores nomes do cinema de todos os tempos, o diretor italiano Vittorio de Sica.
No último domingo, reservei um tempo para rever um de meus filmes favoritos, “Ladrões de Bicicleta”. Um filme de 1948 mas que não vai perder sua força nunca. É um dos maiores títulos do que considero a maior força criativa que já houve na história da cultura cinematográfica mundial, o neo-realismo italiano. Se você acha que a câmera solta nos documentários de hoje ou a questão da violência e miséria nas periferias são invenções recentes, você precisa conhecer o Neo-Realismo.
Imagine um grupo de jovens artistas do cinema de uma mesma geração, nascidos no país do Renascimento que, impactados pela destruição da Itália no Pós-Guerra, resolvem registrar toda aquela realidade em filmes que já nasciam clássicos. Começou com Rossellini, teve Visconti como ícone mas se coroou com a história do pobre italiano que quando finalmente consegue um emprego, tem a sua bicicleta, a sua principal ferramenta de trabalho, roubada. Esse é o enredo do filme de De Sica, um gênio de certa forma esquecido, um poeta injustiçado que, apesar de ter ganho 3 Oscars de Melhor Filme Estrangeiro, quando se fala em cinema italiano, todo mundo hoje só lembra de Fellini.
Vittorio de Sica construiu grandes momentos na história do cinema como o amor de Sophia Loren e Marcello Mastroianni em Os Girassóis da Rússia, e a admiração do filho por seu pai que procura por sua bicicleta em Ladrões... (clique aqui)

Quem não conhece, é quer sair um pouco da superfície deve procurar os filmes de Vittorio numa locadora...quem já viu, sempre vale relembrar...são filmes para sempre.
Fico me perguntando: quem seriam os De Sica de hoje?...

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