quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Apocalypto

Acho engraçado os críticos de um modo geral, que às vezes parecem combinar numa reunião de boteco o que todos dirão sobre um determinado filme sem destoar muito das opiniões um do outro. Noto esse movimento em vários lançamentos. Não conheço as motivações, não pertenço ao mundo dos críticos. Nem queria porque a impressão que me dá é que eles se divertem menos que eu. É o caso deste novo filme do sempre criticado Mel Gibson (eu gosto do cara e aí?...vai encarar?...ele já me divertiu mais em um filme médio do que todas as críticas do Celso Sabadin juntas). Tudo bem que o cara pisou na bola no incidente com o policial a quem manifestou toda sua ira anti-semita e seu bafo alcoólico...mas uma coisa é o homem, outra coisa é sua obra.
Achei Apocalypto, o melhor filme de Mel Gibson.
Nos Estados Unidos o filme foi massacrado. Parece que o episódio com o policial pegou mal mesmo junto à opinião pública. Mas eu não quero saber das opiniões de Mel Gibson.
Eu quero que ele cumpra o que se propõe a fazer: me entreter. (sim, eu sei, não se começa oração com pronome mas, por favor, estamos na era Lula...)
Esqueçam os críticos que o acusaram de ser “excessivamente violento”, ou da “imprecisão histórica”, ou da “obsessão do diretor pelo martírio do corpo”...
Apocalypto é o melhor filme de perseguição que eu já vi. Era essa sua intenção e foi isso que ele fez...!
E ninguém pode dizer que o sr. Gibson não sabe contar uma história. Tudo acontece num ritmo frenético, com seqüências de ação complexas e bem construídas, deixando o espectador angustiado com a luta do protagonista pela sua vida e da sua família. O cara sabe filmar!
Vá assistir...depois a gente conversa...

PS: Eu sempre tive vergonha de dizer que achava o seu Hamlet o melhor do cinema até ler que alguns especialistas estrangeiros em Shakespeare como a Dra Laurie Rozakis (PhD em Literatura Inglesa pela Universidade de Nova York) consideravam a versão de Mel Gibson genial.

Não tenha preconceito e saia satisfeito...

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