"Yesterday is history, tomorrow is a mystery, but today is a gift, that's why is called present."
Se você achou que a frase acima é de um filme cabeça, filme de arte, errou.
Foi tirada da animação Kung Fu Panda.
Achei bonita, coloquei aqui...
Olá! Este é um espaço em que escrevo sobre filmes que vi no cinema ou em home video. São só impressões de quem vai muito ao cinema e encontrou aqui uma maneira de dividir e trocar opiniões... Bem-vindo e obrigado por ler meu blog!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Rebobine, Por Favor
Fez falta a parceria com o roteirista Charlie Kaufmann neste novo filme do diretor de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Michel Gondry.
Rebobine, Por Favor tenta ser criativo o tempo todo mas o resultado fica aquém do anunciado. Apesar do argumento interessante, o filme acaba cansando. Até mesmo a tentativa de homenagem à sétima arte no final fica só na tentativa. O filme tem boas idéias, tem um Jack Black sem controle (e chato, às vezes...) e não consegue engrenar.
O diretor afirmou na coletiva que seu filme era uma comédia fantástica.
Lembrei do comentário do Hitchcock que disse que todo filme nasce no papel.
Faltou roteiro monsieur Gondry!..
Reconsidere, por favor.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
O Curioso Caso de Benjamin Button

O filme estréia aqui em 16 de janeiro e já está aguardadíssimo.
Tem Brad Pitt e Cate Blanchett no elenco. Conta a história de um homem que nasce com 80 anos e vai rejuvenescendo com o tempo. Baseado no clássico de F. Scott Fitzgerald de 1929. O trailler é sensacional e dá muita vontade de ver!
Comento assim que conferir a cabine...
domingo, 14 de dezembro de 2008
DVD's do fim de semana...
Domingo foi dia de rever DVD...Tudo Acontece em Elizabethtown, Eu Robô, Contos Proibidos do Marquês de Sade, Wallace & Gromitt e Rocco e Seus Irmãos...
Depois não sei porquê tô com dor de cabeça...
Depois não sei porquê tô com dor de cabeça...
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Federico e Giulietta
...ouvindo Più Bella Cosa sexta à noite não sei porquê mas me fez lembrar de um casal que viveu uma das mais bonitas histórias de amor fora das telas...Federico e Giulietta ficaram casados 50 anos. Fellini morreu em outubro de 1993 e Masina se foi 5 meses depois. Em seu último ano de vida, Fellini recebeu uma bela homenagem da Academia que lhe deu um Oscar honorário. No discurso de Fellini há um das declarações de amor mais emocionantes que eu já vi...clique aqui e reveja.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
O Ibope de Woody Allen
Passou ontem na Globo, Match Point, o filme que o próprio Woody Allen disse ser seu preferido. Fiquei curioso para saber a audiência e fui atrás...A novela encerrou com 45 pontos de média, entregando bem alto para o filme. Match Point no entanto ficou com 19 pontos de média, índice considerado baixo. Foi estranho ver as inúmeras chamadas que a emissora soltou nos dias anteriores, vendendo um 'drama', uma história de ambição, infidelidade e mentiras numa locução bem 'grave' que de repente se transformava quando anunciava o nome do diretor de forma 'engraçadinha' "Um Filme de Woody Allen", batendo na velha tecla de que Woody Allen é um diretor só de comédias...
Apesar de não ser um filme "cabeça", definitivamente não é um filme para o grande público.
Mas é um filmaço!...
Apesar de não ser um filme "cabeça", definitivamente não é um filme para o grande público.
Mas é um filmaço!...
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Fernando Meirelles e seu Ensaio...
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
O Exterminador de volta em 2009...

Quem achou que a série Terminator (Exterminador do Futuro) tinha 'terminado' quando Schwarzenneger deixou de ser um robô para virar um burocrata, enfim, quem achou isso se enganou.
Vem aí em junho do próximo ano mais um filhote dessa franquia que pelo jeito vai longe...Terminator - Salvation (Exterminador : A Salvação). Dessa vez sem o Arnoldinho (que anda um pouco ocupado governando a California e fumando charutos...), o filme terá Christian Bale (o Batman) no papel de John Connor, o ex-garoto (agora crescido) que já recebia a visita do andróide desde antes de nascer...
Se quiser ver um trailler clique na figura do Exterminador (que tá cada vez mais parecido com o Iron Maiden...).
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
007 - Quantum Of Solace

Os mais puristas, antigos fãs da série vão reclamar. Dou uma certa razão pra eles...senti falta da frase lapidar “- Meu nome é Bond. James Bond.” que marcou todos os filmes da série. É a primeira vez que ela não aparece. Isso eu achei mancada...é como nas apresentações de ginástica olímpica em que os atletas devem criar performances novas mas têm que realizar os movimentos obrigatórios. Outra mancada foi a distribuidora não ter encontrado uma tradução satisfatória para o título e lançá-lo no país com o nome “Quantum of Solace”... Seria ao pé da letra algo como uma Partícula de Consolação. Em Portugal chamou-se O Consolo Atômico...
Outra descaracterização é esse James Bond passar o filme inteiro com dor de corno (foi traído pela namoradinha do filme anterior, Casino Royale, aliás uma história muito melhor contada...) e ainda por cima deve ser brocha. Esse 007 só pega uma mulher e a mais gostosa, uma atriz ucraniana, ele não come...Com disse, só pode ser um brocha...
Gostei do vilão francês, interpretado pelo mesmo ator que fez O Escafandro e A Borboleta (você já viu? é sensacional!). A coincidência é ele ser chamado de Dominic nos dois filmes.
O que não é coincidência, muito pelo contrário é a incrível semelhança entre este 007 e a série Bourne. O diretor assistente responsável pelas cenas de ação de Quantum Of Solace é o mesmo de Ultimato Bourne. O mais curioso é que Robert Ludlum criou seu personagem Jason Bourne porque não gostava do estilo mais fantasioso de Ian Fleming, autor/criador de 007. Jason Bourne foi tão inspirado em James Bond que até as iniciais são as mesmas. E hoje, passadas décadas de espionagem, é James Bond quem tenta ser Jason Bourne. Interessante, não? Repare como a cena em que Bond persegue um criminoso nos telhados da Itália lembra demais a perseguição de Bourne nos telhados do Marrocos...
O filme peca na história que nunca é bem desenvolvida mas tem as cenas de ação mais incríveis da série em todos os tempos.
O diretor do filme é Marc Forster, um cara que eu admiro, fez O Caçador de Pipas, Em Busca da Terra do Nunca, Mais Estranho Que A Ficção, etc...e o roteirista é o mesmo de Menina de Ouro e diretor de Crash, mister Paul Haggis...ou seja, só fera na produção.
Não fizeram um grande filme de James Bond mas que vale a pena assistir, isso com certeza!...
Confira onde está passando aqui.
domingo, 2 de novembro de 2008
Vicky Cristina Barcelona
O convite vem de um pintor conhecido na região feito por Javier Bardem. As turistas, Scarlett Johansson e Rebecca Hall, se assustam, debocham, resistem mas acabam cedendo ao convite. O filme começa a pegar fogo quando surge a ex-mulher do pintor, Penelope Cruz, formando o casal que sempre briga mas não consegue viver separado.
Traições, infidelidade, paixões arrebatadoras, tem tudo isso no filme de Woody Allen que é um cara que sabe como poucos olhar para os absurdos que se escondem nos detalhes do nosso cotidiano.
A proposta indecorosa que o pintor espanhol lançou na mesa para as turistas soa divertida tamanho o absurdo da oferta e porque ao mesmo tempo se percebe que mulheres que viajam sozinhas sempre buscam descobertas. "Pensando bem, que mal há em aceitar esse convite...?"
O release do filme tenta bobamente vender a idéia de que nunca Woody Allen foi tão ousado dando a entender que no filme encontraremos cenas tórridas de sexo. Lembro de ter lido alguns na imprensa, na época em que o filme foi exibido em Cannes em maio deste ano, classificando Vicky Cristina Barcelona de amoral, de propagar uma certa "frivolidade"...Acho isso tudo muito superficial porque assim como na vida sexo é muito pouco de tudo que se pode ter de uma mulher, esse aspecto da moral, da ética num trabalho do sr Allen é muito pouco pra se levar desse filme delicioso. Aliás, falando em moral, fiquei pensando que não foi à toa que o primeiro nome do título é o da personagem de moral mais convencional e que na minha opinião conduz toda a história, Vicky, a noivinha americana que tenta mas não consegue resistir ao charme latino de Bardem.
Me deu vontade de saber o que Almodóvar achou do filme...acho que deve ter ficado com uma certa inveja...Vicky Cristina Barcelona é muito bom! Tem momentos engraçadíssimos e um roteiro inspirado...achei a narração em off um pouco 'presente' demais às vezes...mas nada que comprometa o brilho desse inspirado trabalho de Woody Allen. Esses ares europeus estão fazendo muito bem a ele...
Veja onde tá passando clicando aqui.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Paul Newman

Mas lembrei também que um de seus filmes que mais gostei e um dos que menos lembram dele é Mr. And Mrs. Bridge em que Paul Newman atuou com a esposa Joanne Woodward. Um filme simples, reto, bonito, muito emocionante que conta a história de um casal que vive uma vida austera na década de 40 e as implicações comuns da vida de qualquer mortal confrontadas com a postura sempre correta e inflexível do senhor Bridge. Um filme que nunca vou esquecer...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
TV Full HD tem que ser de Plasma...
Conversando com meu amigo Gilmar especialista em tecnologia da Fast Shop, finalmente as fabricantes de TV's conseguiram resolver um problema que impedia a fabricação de monitores de menos de 60 polegadas Full HD a preços acessíveis. A Panasonic, que nunca desistiu do plasma, sai na frente e traz suas novas TV's de 42 e 50 polegadas ao Brasil neste último trimestre de 2008 e vai mudar a opinião de muita gente que torcia o nariz para o plasma.
Sempre dominando o mercado, foi a Sony que disseminou a idéia de que a imagem do LCD é melhor, que dura mais, que não dá reflexo, blá-blá-blá...
Existem muitos interesses nessa história. Liderar o mercado de venda de monitores é apenas um deles. O que eu aconselho é procurar uma loja onde seja possível encontrar duas TV's uma de Plasma outra de LCD, ambas Full HD e deixar que o nosso velho e bom olho julgue.
Eu sempre achei a luminosidade das TV's de plasma muito mais fiéis à fotografia original. Mais natural. Claro que as LCD não têm o problema do reflexo, o que num ambiente muito claro faz diferença. Mas pra quem gosta de assistir a um bom filme deve ter sua TV num local menos iluminado e aí, meu filho, na minha humilde opinião, o Plasma dá de dez a zero na TV de LCD. As novas TV's de Plasma Full HD da Panasonic são o meu novo sonho de consumo. Mas atenção: nada de comprar agora, depois do Natal, os preços vão despencar. Janeiro já tô na porta da loja...
Sempre dominando o mercado, foi a Sony que disseminou a idéia de que a imagem do LCD é melhor, que dura mais, que não dá reflexo, blá-blá-blá...
Existem muitos interesses nessa história. Liderar o mercado de venda de monitores é apenas um deles. O que eu aconselho é procurar uma loja onde seja possível encontrar duas TV's uma de Plasma outra de LCD, ambas Full HD e deixar que o nosso velho e bom olho julgue.
Eu sempre achei a luminosidade das TV's de plasma muito mais fiéis à fotografia original. Mais natural. Claro que as LCD não têm o problema do reflexo, o que num ambiente muito claro faz diferença. Mas pra quem gosta de assistir a um bom filme deve ter sua TV num local menos iluminado e aí, meu filho, na minha humilde opinião, o Plasma dá de dez a zero na TV de LCD. As novas TV's de Plasma Full HD da Panasonic são o meu novo sonho de consumo. Mas atenção: nada de comprar agora, depois do Natal, os preços vão despencar. Janeiro já tô na porta da loja...
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Um cd pra cair na estrada...

Demorei mas comprei a trilha de Into The Wild na Fnac por 21,90 (o melhor preço que achei). Eddie Vedder caprichou e o resultado é um cd incrível, bom demais, com músicas que traduzem a melancolia e a vontade de abraçar o mundo de Christopher McCandless, o jovem protagonista da história de Na Natureza Selvagem, filme que já comentei aqui. Sean Penn, o diretor acertou na mosca ao passar a missão de fazer a trilha do seu filme ao líder do Pearl Jam, banda que conquistou o mundo com aquele som seco que passeia pelo folk, rock clássico e comtemporâneo, tudo ao mesmo tempo...ninguém teria feito melhor.
Um dia ainda vou fazer aquela rota no Canadá (não a do Alasca que aparece no filme...) muito famosa, a Icefields Parkway que corta as montanhas geladas da região. E adivinhe o que estarei ouvindo no carro? Into The Wild by Eddie Vedder...
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Buster Keaton e Didi Mocó Sonriseb Colesterol Mufumo...
Já no caixa, um homem e sua mulher, que estavam na minha frente, aguardavam pacientemente o funcionário do supermercado destravar o alarme de um DVD que o casal tentava comprar. Algum problema na embalagem de acrílico impedia o rapaz de finalizar a compra. O filme e o comprador me chamaram a atenção. Uns 36, 37 anos, cabelos grisalhos, rosto vincado, roupas muito simples, chinelo de dedo, calça e camisa baratas e debaixo das unhas largas, um resíduo de uma substâcia escura que devia ser graxa.
É isso, o rapaz bem podia ser um mecânico que tomou banho e foi ao mercado passear com a namorada e comprar um pão...Uma cena comum...O que não era comum era o filme que ele queria levar: um clássico do cinema mudo com Buster Keaton, A General, de 1927 (aliás, um grande filme!...).
O caixa não conseguia destravar o alarme do DVD e eu comecei a morrer de curiosidade de perguntar para o homem à minha frente se ele sabia realmente o que estava comprando. Se ele tinha conhecimento da importância daquele filme e seu protagonista. O rosto de Buster Keaton, o comediante que nunca ria, estampava bem grande a capa do DVD. Por um momento cheguei a me emocionar com a figura daquele homem simples, humilde, mas de gosto rebuscado, num sábado à noite, comprando um filme do grande Buster Keaton.
Não aguentei e comentei:
- Puxa! Quer dizer que o senhor é fã do Buster Keaton?...
- Hãin?!
- O senhor?... É fã do Buster Keaton?...
- Quéin?!?!...
- Buster Keaton!...esse homem aí no DVD...(apontei para a embalagem...)
- ‘Busti’ o quê?!?!
- Buster Keaton!...
- ...esse cabra aqui?...ahhh...Não é o Didi?
- Didi?! Que Didi ?!?!
- O Didi da TV!...
- ?!...o Renato Aragão?!?!...
- Esse!...Né não?
- É não...esse é outro...
- Mas é bom esse daqui?
- É bonzinho sim...mas acho que o senhor não vai gostar...
Como o caixa não conseguiu destravar o alarme e a fila tinha aumentado, nosso amigo acabou desistindo de levar o filme. E foi pra casa sem o seu “Didi”...e eu fui pra minha...
Confundir a cara do Buster Keaton com a do Didi Mocó, foi o suficiente pra me convencer de que dormir era o melhor que eu tinha pra fazer...Cacildis!
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
As Chaves de Casa

Minha dica de filme neste dia especial é um título igualmente especial por vários motivos.
Uma das mais belas histórias de amor de pai e filho no cinema.
Uma das mais belas histórias de amor de pai e filho no cinema.
Pra vc ter uma idéia, Andrea Rossi, o ‘ator’ que faz o filho Paolo, é um jovem especial.
As aspas no ator é uma ironia. Andrea não é um ator. Sua interpretação que se vê no filme não é de caso pensado já que o jovem Andrea Rossi possui um certo retardo mental. O que em nenhum momento compromete a decisão do diretor que ao contar a história do pai de um garoto deficiente mental escolheu um deficiente real.
As aspas no ator é uma ironia. Andrea não é um ator. Sua interpretação que se vê no filme não é de caso pensado já que o jovem Andrea Rossi possui um certo retardo mental. O que em nenhum momento compromete a decisão do diretor que ao contar a história do pai de um garoto deficiente mental escolheu um deficiente real.
Já escrevi aqui sobre o meu amor pelos filmes italianos do Neo Realismo, a melhor safra de filmes produzidos por um mesmo país...Italianos quando resolvem emocionar são os melhores...
Aqui é incrível o resultado...um dos filmes mais emocionantes que já vi...!
E que adorei rever neste dia especial...
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Blindness vem aí !...
sábado, 30 de agosto de 2008
Lemon Tree

Como disse, baseado em fatos reais: Salma é uma viúva pobre palestina que vive na divisa com Israel tem como única fonte de renda uma plantação de limões que foi deixada pelo pai há mais de 40 anos. Tudo ia bem até que Salma ganha um vizinho, ninguém menos do que o Ministro da Defesa de Israel que chega chegando com todo seu staff: seguranças, soldados, guaritas, agentes do serviço secreto...acaba assim o sossego de Salma.
Os responsáveis pela segurança do ministro concluem que o limoeiro da vizinha é uma ameaça à vida de todos, afinal um terrorista poderia entrar por ali e fazer um estrago na família do ministro. Fica decretada a interdição do terreno. O limoeiro é cercado e Salma impedida de entrar e colher seus limões. O caso, a princípio doméstico, ganha repercussão internacional e vai parar na Suprema Corte. Uma história simples que ganha proporções gigantecas ao resumir num conflito de vizinhos, todo o eterno embate da Questão Palestina. O diretor chama-se Eran Riklis, é um veterano que fez A Noiva Síria, outro filme muito legal...O cara já morou no Brasil, arranha um português e mandou muito bem neste Lemon Tree. Destaque para a atriz principal, Hiam Abbas, de Free Zone (alguém viu? aquele com a Natalie Portman...que aliás é israelense, nascida em Jerusalém...), que consegue passar a dor, a solidão e a esperança da pobre viúva com poucas palavras...seu olhar está cheio daquela angústia das mulheres que nunca puderam se expressar livremente...pessoas que, em pleno século 21 vivem em sociedades ultrapassadas, que acham que resolvem conflitos construindo muros...
No final, fiquei pensando que o filme não tinha me feito chorar apesar da história triste que contava. E cheguei à conclusão que Eran, o diretor não quis fazer um filme pra agradar platéias, mas sim contar uma história como ela é de uma forma madura e imparcial. Ele não pende pra nenhum dos personagens. Não há vitoriosos. Todos saem perdendo. Quem mais se dá mal no final é o limoeiro, tadinho...
Lemon Tree, um filme para se emocionar e pensar...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Vem aí ... Coco
Calma, não é uma manchete escatológica, mas uma nova produção francesa que conta a vida da maior estilista de todos os tempos, Coco Chanel, com a Audrey Tatou (de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain) no papel título. O filme tem tudo pra agradar. Na linha do novo cinema moderno francês, quem gostou de Piaf vai curtir conhecer a história dessa mulher a frente do seu tempo.
Estréia prevista para o final do ano...
Estréia prevista para o final do ano...
A resistência ao diferente...
...fiquei pensando no que escrevi no post abaixo sobre O Sonho de Cassandra de Woody Allen, filme que foi malhado pela crítica como um trabalho menor do cineasta e no fato de eu ter gostado do filme...lembrei do caso do Spielberg quando fez Prenda-me Se For Capaz, uma comédia de perseguição muito inteligente, baseada em fatos reais e que em nada lembrava os filmes de avetura infanto-juvenil que caracterizam sua filmografia. Meteram o pau porque não parecia Spielberg...mas o filme é bom pacas.
Woody Allen tem todo o direito de variar...
Woody Allen tem todo o direito de variar...
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
七人の侍 (Os Sete Samurais)

Dirigido por Akira Kurosawa em 1953, Os Sete Samurais serviu de inspiração pra muitos filmes que vieram depois como Sete Homens e Um Destino até a saga Guerra Nas Estrelas.
É a história da aldeia de lavradores de arroz que vive sendo saqueada por um bando de ladrões. Desesperados, os camponeses decidem contratar um grupo de samurais dispostos a defender a pequena aldeia e seus moradores em troca de comida e uma cama pra dormir. Kurosawa era fã de faroestes, criou neste filme a pedra sobre a qual vieram todos os filmes de artes marciais seguintes. Cada fotografia foi elaborada com o altíssimo rigor estético do mestre japonês. As cenas da batalha na chuva são de uma beleza até hoje impressionantes. A narrativa dos mais fracos lutando contra os mais fortes é de certa forma bem simples
mas que sempre funciona. Qualquer um se sente tomado pela força dramática do filme logo nos primeiros minutos. Sem falar na interpretação de Toshiro Mifune e seu samurai jovem e rebelde, é demais!...Quando a gente pára pra pensar que se trata de um filme com mais de 50 anos, daí só se pode reverenciá-lo ainda mais. Pra melhorar o DVD ainda vem com dois extras sensacionais !... Um filmaço pra ver e rever sempre!
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Star Wars - The Clone Wars

quarta-feira, 20 de agosto de 2008
O Sonho de Cassandra

É o terceiro filme Londrino dele. Antes teve Match Point (sensacional) e depois Scoop (bobinho).
Dois irmãos (Ewan McGregor e Colin Farrell) estão desesperados por dinheiro. Colin fez uma divída impagável jogando pôquer e Ewan, que não tem a vida ganha, tem que ajudá-lo. Surge a figura do tio (Tom Wilkinson) que é milionáro e faz uma proposta imoral para os sobrinhos em troca de muita grana.
É o seguinte, pra quem é fã do Woody Allen tradicional, o das comédias urbanas, dos diálogos rápidos cheios de humor ácido e inteligente, não vai encontrar nada disso aqui. Vai achar ruim como acharam Match Point ruim. Um equívoco na minha modesta opinião...Woody Allen tem todo o direito de experimentar...de brincar de ser Hitchcock (por que não?!)...tem muito do mestre do suspense neste filme, como tinha em Match Point também...e a maneira como ele fecha ciclos nos dois filmes é genial!...A cena da aliança batendo no parapeito do rio em Match Point pra mim é pra entrar pra história...Tudo isso sem falar nas atuações espetaculares da dupla de irmãos...Colin Farrell no papel do irmão mais emotivo, frágil de certa forma, um mecânico pobre viciado em jogo que se envolve numa dívida impossível de ser paga está no melhor filme da sua vida. Aliás essa é uma característica de Woody Allen, saber tirar o máximo de seus atores.
O Sonho de Cassandra é um drama de suspense, de Woody Allen, que ao fazer um filme a la Hitchcock brinca de ser Billy Wilder, o mestre que se aventurou por todos os gêneros do cinema com igual sucesso. Se Billy podia por que Woody, não?
domingo, 27 de julho de 2008
Wall.E e Kung Fu Panda

Tô falando tudo isso pra recomendar duas animações em cartaz na praça: Kung Fu Panda e Wall.E .
O primeiro é demais, perfeito pra entreter a molecada e ao mesmo tempo divertir adultos desprovidos de preconceito. O filme é uma homenagem ao gênero das artes marciais e conta com tiradas no roteiro com o melhor da sabedoria oriental. A história é manjada, mas como se trata de animação, é possível "colocar a câmera" em qualquer lugar e isso dá toda uma nova dimensão à velha história do pupilo escolhido para ser treinado pelo velho mestre que o transforma num grande guerreiro, salvador de todos.
Wall.E é outro exemplo de desenho animado pra adultos. Sua história de amor entre um robozinho lixeiro e uma robozinha pesquisadora é simples, linda, poética e emocionante. A direção de arte do filme é espetacular e o roteiro oculta profundidade com estilo e leveza. Um filmão!...mas vai agradar mais aos adultos...
Confira onde tá passando clicando aqui.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
O Escafandro e A Borboleta

Mas o fato é que nada se compara com este belíssimo, poético e sensacional O Escafandro e A Borboleta.
A história verídica do editor da Revista Elle que na década de 90 sofreu um AVC e perdeu todos os movimentos do corpo com exceção da pálpebra do olho esquerdo. É piscando essa pálpebra mais a dedicação de uma fonoaudióloga que permitem que Jean-Dominique se comunique com o mundo. E é assim que ele escreve um livro contando sua aventura final.
O filme é espetacular! Na última edição do Oscar recebeu várias indicações (fotografia, montagem, roteiro e direção). O diretor consegue dar o tom certo, sem deixar o filme cair na pieguice, no emocionalismo barato...a fotografia é maravilhosa e os atores dão um show...
Nunca, nunca na história do Cinema o conhecido recurso da câmera subjetiva foi tão bem explorado num filme!
Uma peça magnífica que te leva a pensar nos desperdícios da vida, nos amores que não vivemos, no tempo que perdemos e que nunca voltará...
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Indiana Jones...
...falar mal de Indiana Jones (esse da Caveira de Cristal...) é como falar mal do trabalho de um amigo...a relação que tenho com os filmes anteriores da série é de carinho e gratidão pelas horas divertidas que passei na minha adolescência graças a Spielberg e Lucas.
O filme tem boas cenas de ação, mas chega a ser chato pacas...ainda assim não consigo falar mal dele...se é que vocês me entendem...
O filme tem boas cenas de ação, mas chega a ser chato pacas...ainda assim não consigo falar mal dele...se é que vocês me entendem...
terça-feira, 3 de junho de 2008
Ratatouille e Proust...
Ratatouille foi um daqueles filmes que esqueci de postar aqui no bloguinho...Esqueci, não...Deixei de postar porque, lembro bem, saí do cinema tão maravilhado com o que vi que não me senti capaz de registrar com eficiência tudo o que eu havia percebido...graças aos meus sobrinhos Julia e Vinicius com quem revi o filme recentemente, tive um momento de iluminação que transcrevo aqui agora...
Brad Bird, o todo poderoso da Pixar/Disney, diretor/roteirista de Os Incríveis e deste Ratatouille já mostrou em várias entrevistas que é um homem muito inteligente, de vasta cultura e perfeccionismo único. Lendo um artigo sobre o centenário de Em Busca do Tempo Perdido, o monumento literário que nasceu em 1908 das mãos de Marcel Proust, lembrei da xícara de chá com o biscoito que transportam o personagem até sua infância e dão origem aos 7 volumes de Em Busca do Tempo Perdido...Pois bem, eu acho hoje que todo o filme foi criado, escrito e produzido em função de uma única cena, a mais genial de Ratatouille: a cena em que o crítico, Monsieur Ego, prova do ensopado de legumes preparado pelo mini-chef e dá um salto no tempo até sua memória infantil...não é à toa que o filme se passa na França...como disse, Brad Bird é um homem muito inteligente...
Brad Bird, o todo poderoso da Pixar/Disney, diretor/roteirista de Os Incríveis e deste Ratatouille já mostrou em várias entrevistas que é um homem muito inteligente, de vasta cultura e perfeccionismo único. Lendo um artigo sobre o centenário de Em Busca do Tempo Perdido, o monumento literário que nasceu em 1908 das mãos de Marcel Proust, lembrei da xícara de chá com o biscoito que transportam o personagem até sua infância e dão origem aos 7 volumes de Em Busca do Tempo Perdido...Pois bem, eu acho hoje que todo o filme foi criado, escrito e produzido em função de uma única cena, a mais genial de Ratatouille: a cena em que o crítico, Monsieur Ego, prova do ensopado de legumes preparado pelo mini-chef e dá um salto no tempo até sua memória infantil...não é à toa que o filme se passa na França...como disse, Brad Bird é um homem muito inteligente...
Ratatouille não é um filme sobre um rato que quer ser cozinheiro.
É também um filme sobre a memória e o tempo...
domingo, 1 de junho de 2008
Luto por Lorenzo...
Com uma interpretação arrebatadora de Susan Sarandon e a competência de sempre de Nick Nolte, o Óleo de Lorenzo, filme de 1992, que já passou umas 200 vezes na TV, dirigido pelo George Miller (diretor de cinematografia peculiar, ele tem no currículo Mad Max e Happy Feet, por exemplo...e as Bruxas de Eastwick que eu adoro...) , bem este filme contava a história real de Lorenzo que ainda garoto descobriu que tinha uma doença incurável que degenerava seu sistema nervoso e que não lhe restava muito tempo de vida. Contrariando a opinião de todos os médicos, os pais de Lorenzo, leigos, decidem estudar a fundo a doença do filho e se aprofundam em medicina e bioquímica a ponto de desenvolverem uma fórmula a base de azeite de oliva que permitiu a Lorenzo que vivesse até o dia de ontem, 31 de maio de 2008, quando veio a falecer aos 30 anos. O filme é conhecido, muito bonito, um registro honesto e vigoroso da força do amor dos pais quando decidem enfrentar o impossível pela vida de seu filho.
Lorenzo se foi...o filme fica.Descanse em paz, Lorenzo...
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Nueve Reinas
No mercado de DVD's tem umas coisas que não dá pra entender...Nove Rainhas é um filme argentino de 1999 sensacional!...Feito aqui do lado, há pouco tempo e acredite...ainda não foi lançado no Brasil em DVD.
Teve uma passagem rápida aqui nos cinemas na época de seu lançamento e alguns poucos que viram (como eu) adoraram...
Quem quiser ver ou rever aqui no nosso país não tem a menor informação ou perspectiva a respeito. Eu consegui agora uma cópia vinda diretamente de Buenos Aires graças a meu chapa Guillermo que me trouxe este aqui da foto...Gracias, Guillermo!
sábado, 24 de maio de 2008
Star Wars - A Exposição
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Filmes Raros
Pra quem como eu ainda insiste em comprar DVD's mesmo sabendo que eles estão com os dias contados e curte aqueles filmes menos comerciais, coisas do circuito de artes, filme cabeça, cinema de autor, filme europeu, ou seja, filme com conteúdo mas não iranianos, e tem dificuldade de encontrar aquele filme que procurava faz tempo, tem agora uma alternativa bacana.
www.filmeraro.com.br
Um pequena rede de lojas que oferece ao seu público filmes que vão além de Hollywood e que não se encontram facilmente nas locadoras.
Ai , meu dinheiro...
www.filmeraro.com.br
Um pequena rede de lojas que oferece ao seu público filmes que vão além de Hollywood e que não se encontram facilmente nas locadoras.
Ai , meu dinheiro...
quarta-feira, 14 de maio de 2008
10 anos...
In the wee small hours of the morning
While the whole wide world is fast asleep
You lie awake and think about the girl
And never even think of counting sheep
When your lonely heart
Has learned it's lesson
You'd be hers if only she would call
In the wee small hours of the morning
That's the time you miss her most of all
When your lonely heart
Has learned it's lesson
You'd be hers if only she would call
In the wee small hours of the morning
That's the time you miss her most of all
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Nas livrarias...

Meu grande amigo Paulo Gustavo lançou nesta última terça-feira o seu Almanaque dos Seriados pela Ediouro. Todo ilustrado, texto ágil e informações curiosíssimas sobre a sua série favorita do tipo: você sabia que o elenco de 24 Horas corta o cabelo a cada 5 dias pra manter o visual? Ou que o marido da Feiticeira não se chamava James? Ou que cada ator de Friends ganhava 1 milhão de dólares por episódio?
Dá uma sensação nostálgica gostosa quando a gente vê as imagens de personagens ou lembra dos temas das séries...Imagens que a gente assistiu na adolescência ou na infância que ficam guardadas pra sempre na memória do coração...
sábado, 26 de abril de 2008
Hitchcock no Larry King
Dia 29 de abril faz 28 anos que Hitchcock morreu. Para registrar a data, Larry King entrevistou algumas das musas do mestre do suspense como Tippi Hedren de Os Pássaros, Eva Marie-Saint de Intriga Internacional e a filha de Hitchcock, Patricia, uma velhinha muito simpática.
Quem quiser conferir tem que esperar pra ver no próximo domingo à noite na Play TV.
Quem quiser conferir tem que esperar pra ver no próximo domingo à noite na Play TV.
domingo, 13 de abril de 2008
O Banheiro do Papa

Bem, O Banheiro do Papa é um filme de orçamento pobre, sobre pobres e a pobreza dominante numa cidadezinha na fronteira do Uruguai com o Brasil...a miséria está expressa tanto na textura da fotografia quanto no áudio sufocado da película, uma opção que torna o filme menos acessível para grandes platéias...mas é um filme de uma simplicidade e de uma sensibilidade tão grandes que é difícil não se comover com a luta de Beto, o personagem principal, que decide montar um banheiro público para o dia em que sua cidade receberia a visita do Papa João Paulo II em maio de 1988. Para realizar seu projeto, Beto precisa intensificar suas viagens ao Brasil para contrabandear alimentos para os uruguaios. É assim que ele ganha a vida e sustenta a família, mulher e filha, esta última sonha em ser jornalista. Claro que os planos de Beto não terminam como ele esperava.
Um belo filme, encantador...Palmas para o uruguaio Charlone!...
domingo, 6 de abril de 2008
...o último grande astro...

Mas este post é pra falar que não existiria Ben Hur sem o carisma e a cara de bom moço de Charlton Heston. Seus engajamentos recentes a parte, seu posicionamento com relação ao desarmamento, o que fica é a imagem de um ator associada a grandes produções dos anos 50-60. Acho que era o último dos grandes astros de uma Hollywood que não existe mais.
Morreu no último sábado com 84 anos.
Foi se encontrar com o amigo de Ben Hur...aquele que aparece em seu caminho por duas vezes...você viu o filme?
segunda-feira, 31 de março de 2008
Os cinco filmes mais caros da história...
Em valores atualizados, com o dólar corrigido aos dias de hoje, os cinco filmes mais caros da história do cinema seriam:
1 - Guerra e Paz (alguém viu?...) de 1956, custou 560 milhões de dólares.
2 - Cleopatra, aquele com a Elizabeth Taylor, de 1963...precisou de 286 milhões de dólares pra ser produzido.
3 - Titanic, de 1997...custou 247 milhões de dólares
4 - Waterworld de 1995...gastou 229 milhões de dólares
5 - O Exterminador do Futuro 3 produzido em 2003...custou 216 milhões de dólares.
1 - Guerra e Paz (alguém viu?...) de 1956, custou 560 milhões de dólares.
2 - Cleopatra, aquele com a Elizabeth Taylor, de 1963...precisou de 286 milhões de dólares pra ser produzido.
3 - Titanic, de 1997...custou 247 milhões de dólares
4 - Waterworld de 1995...gastou 229 milhões de dólares
5 - O Exterminador do Futuro 3 produzido em 2003...custou 216 milhões de dólares.
domingo, 30 de março de 2008
O corte-seco mais incrível de todos os tempos...

O filme estreou nos Estados Unidos na primeira semana de abril de 1968. E a ficção científica nunca mais foi a mesma.
Não dá pra lembrar de 2001: Uma Odisséia No Espaço e não citar uma das cenas mais sensacionais da história do cinema.
Em linguagem cinematográfica ou de TV, corte-seco é o corte mais simples que se pode fazer numa edição. É simplesmente juntar duas cenas sem absolutamente nenhum efeito. É pegar dois pedaços de filme ou fita e colar.
Em 2001, Stanley Kubrick fez de um corte-seco a maior elipse de tempo da história da sétima arte. Do osso pré-histórico à nave espacial em um único salto...Clique e veja.
Uma cena para sempre!...
O autor da Odisséia foi pro espaço...

sábado, 22 de março de 2008
Antes de Partir

Além da cara de gordinho amigão (tipo um Papai Noel mais jovem...) acho que ele tem uma incrível capacidade de criar emoção. Emoção numa forma pura que brota de situações simples, corriqueiras. Se tem uma palavra pra definir sua obra é Simplicidade...
Em todo filme de Rob Reiner (que é filho do Carl Reiner, o ator mais velho da turma do 11,12,13 Homens e um Segredo [e diretor de comédias engraçadíssimas como aquela com o Steve Martin Clente Morto Não Paga, você já viu?...]), em todo filme de Rob Reiner tem pelo menos uma cena que me marca, que me emociona...
Jack Nicholson gritando na cara do Tom Cruise “..are we clear?” (estamos entendidos!) e depois desabando de ódio e confessando em pleno tribunal que tinha mandado mesmo matar o recruta que considerava fraco em Questão de Honra...
O clima de amizade sincera como só as crianças podem sentir, presente em Conta Comigo (Stand By Me, de 1986), e aquele grupo de garotos inesquecíveis do interior dos EUA...
Bruce Willis e Michelle Pfeiffer tentando salvar o casamento conversando sobre o ponto alto do dia de cada um em A História de Nós Dois (Story Of Us) um filme de 1999, que não foi um grande sucesso mas tem momentos lindos...
E o meu favorito, Harry e Sally, que gosto de tudo. Filme que fez Meg Ryan virar a namoradinha da América por uns tempos e indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 1989.
Este Antes de Partir entra na lista dos filmes emocionantes de Rob Reiner. Daqueles que causam muita choradeira nas salas. O filme é tocante, não há como negar. É também o registro de um grande encontro. De dois grandes nomes do cinema do nosso tempo: Jack Nicholson e Morgan Freeman, esplêndidos.
A história é de certa forma até previsível. Dois velhos, se tornam amigos no hospital quando recebem a notícia de que têm pouco mais de seis meses de vida. Daí decidem fazer uma lista com coisas que querem fazer ”antes de partir”. E na lista tem aquelas coisas manjadas, de livro-de-auto ajuda tipo “testemunhar algo grandioso”, “beijar a garota mais bela”, etc...
Como cinema é um filme simples.
Mas será que não é aqui que se esconde o verdadeiro recado deste filme?
Ao optar por uma direção 'simples' de uma história ‘simples’ , Rob Reiner nos relembra o que todos nós sabíamos (ou deveríamos saber)...que nessa vida, são as coisas simples que importam.
Vejam só minha incompetência...precisei de todas essas linhas pra dizer o que mr. Reiner disse em um belo filme.
Melhor fez o nosso Drummond quando escreveu que “...as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão...”.
Vou dormir que é melhor...
quinta-feira, 20 de março de 2008
Rambo 4

"O filme Rambo 4 estreou há pouco no Brasil. Assisti ao filme mais de um mês atrás, no dia de sua estréia nos Estados Unidos. Foi numa sala do cinema AMC, na rua 42, em Nova York, e o espetáculo era mais na platéia do que na tela: já durante as propagandas e os trailers, surgiam gritos que queriam apressar a chegada do guerreiro: "Rambooo!!". É fácil entender por que John Rambo é um herói popular: ele é um concentrado dos devaneios do indivíduo ocidental. É o pistoleiro de "Gatilho Relâmpago": ninguém imagina quem ele é e do que ele é capaz (parecemos inócuos pais de família, mas somos tigres adormecidos, viu? Não cutuque). É Shane, o andarilho misterioso de "Os Brutos Também Amam" (e de seu remake "O Cavaleiro Solitário"), que chega, faz justiça e vai embora ferido, levando consigo o coração de mulheres e crianças. É o delegado de "Matar ou Morrer", que, sozinho ou quase, enfrenta a todos. E é também, desde o primeiro filme da série, um homem à procura de um pai. Que mais poderíamos querer da vida? Claro, Rambo é execrado por quem gostaria que nosso repertório de sonhos fosse diferente. Além disso, os filmes de Rambo são, no mínimo, desiguais. Mas não quero falar nem da qualidade cinematográfica dos filmes nem da relação de Rambo com o protótipo do herói promovido pelo western hollywoodiano.
Há um outro aspecto da série que me interessa mais: os filmes de Rambo traçam um retrato das variações de um estado de espírito dos norte-americanos nos últimos 25 anos. O primeiro, "First Blood" (primeiro sangue, mas, no Brasil, o título foi "Rambo"), de 1982 (inspirado num romance de 1972), expressava perfeitamente o conflito de uma nação que passava da oposição contra a guerra no Vietnã, nos anos 70, à sensação culpada de ter traído seus próprios soldados. O segundo, de 1985, era a conseqüência imediata do primeiro: o resgate dos hipotéticos prisioneiros da mesma guerra lavava, enfim, a honra nacional. Poucos anos mais tarde, o sucesso do musical "Miss Saigon" confirmava essa peripécia espiritual: a vergonha de uma guerra impopular era substituída pela vergonha de ter abandonado amigos, aliados, presos e (essa era a novidade do musical) as crianças nascidas dos amores de guerra. No terceiro, de 1988, Rambo já desistira de guerrear. Ele só ia à luta, no Afeganistão ocupado pelos soviéticos, para salvar o coronel Trautman, seu mentor. Mesmo na Guerra Fria "tradicional", em suma, só vale a pena lutarmos se for para defender os "nossos", ou seja, os mais próximos. Hoje, o quarto (e último, imagino) filme de Rambo é uma espécie de conclusão lógica: intervir, meter-se na casa dos outros é impossível. Os missionários, com Bíblias e remédios, não mudam nada no horror que eles visitam. No melhor dos casos, eles satisfazem sua própria consciência culpada; no pior, eles acabam mortos. A força tampouco muda nada, ela deixa mais um rastro de sangue, e as coisas continuam iguais. Só resta voltar para casa. No meio da atual aventura iraquiana, que não tem saída em vista e produziu, como efeito, a substituição de um horror por outro, a derradeira aventura de Rambo completa uma longa argumentação pelo isolacionismo -que é uma antiga tentação americana, crescente desde a Guerra do Vietnã. É possível que uma vitória dos democratas nas eleições presidenciais de novembro leve os EUA a adotar a escolha final de Rambo. Seria um alívio? Pode ser. Mas talvez seja mais sábio ficar com um "veremos". Afinal, não sabemos como seria o mundo sem o intervencionismo americano."
domingo, 16 de março de 2008
Um Bom Ano...
quinta-feira, 13 de março de 2008
O Homem de Ferro
terça-feira, 11 de março de 2008
Bilheteria
Atenção para as dez maiores bilheterias no Brasil em 2008. Até o dia de ontem, os dez filmes mais vistos pelos brasileiros neste ano são:
1- "Eu Sou a Lenda"
2- "Meu Nome Não É Johnny"
3- "Alvin e os Esquilos"
4- "A Lenda do Tesouro Perdido"
5- "A Bússola de Ouro"
6- "O Caçador de Pipas"
7- "PS Eu Te Amo"
8- "Juno"
9- "O Gângster"
10- "Meu Monstro de Estimação"
1- "Eu Sou a Lenda"
2- "Meu Nome Não É Johnny"
3- "Alvin e os Esquilos"
4- "A Lenda do Tesouro Perdido"
5- "A Bússola de Ouro"
6- "O Caçador de Pipas"
7- "PS Eu Te Amo"
8- "Juno"
9- "O Gângster"
10- "Meu Monstro de Estimação"
segunda-feira, 10 de março de 2008
Todos Contra Zucker

Este Todos Contra Zucker é uma comédia inteligente e engraçada sobre um certo Jacob Zuckermann, o Zucker do título, um judeu malandro que vive na Berlim de logo depois da queda do Muro que se vira pra pagar um monte de dívidas e reconquistar o amor da mulher e dos filhos.
Sua mãe morre e para que Zucker receba uma parte de uma suposta herança ele tem que voltar a conversar com o irmão judeu ortodoxo com quem não falava há muito tempo.
As respectivas famílias são obrigadas a viverem juntas por uma semana na mesma casa. E aí o filme fica engraçadíssimo!...
Muitas piadas de judeu que devem ter deixado Woody Allen morrendo de inveja...!
Uma coisa me deixou intrigado: por que o filme só estreou aqui agora se ele é de 2004?...
Confira onde está passando aqui.
sexta-feira, 7 de março de 2008
Na Natureza Selvagem 3...

Essa foi a decisão que o jovem Christopher McCandless tomou em 1990. Ele buscava uma vida menos materialista como a dos clássicos românticos que costumava ler em sua juventude. Thoreau, Jack London, Tolstoi, Byron...o filme está cheio de citações que ajudam a entender a cabeça do jovem McCandless. Ele pediu carona para várias pessoas, morou numa comunidade hippie, fez rafting no rio Colorado, foi parar no México, sempre anotando, lendo e deixando marcas profundas nas pessoas que cruzaram seu caminho em seus anos de andarilho. Christopher McCandless não teve um final feliz...não vou aqui contar o que acontece com ele, mas como se trata de um fato verídico, talvez você já conheça o fim dessa história. Se você não sabe e não quer que eu estrague sua ida ao cinema, pare de ler aqui.
Se o Oscar fosse sério, Emile Hirsch teria sido pelo menos indicado na categoria de melhor ator. Seu personagem começa o filme pesando 70 quilos e nas cenas finais no Alasca chega aos 52 !...Além do tremendo esforço físico (não existe dublê nesse filme) Emile está espetacular demonstrando uma maturidade raríssima pela sua pouca idade.
Sean Penn levou 10 anos pra convencer a família de Christopher a lhe dar a autorização para filmar. Os McCandless não queriam ver a vida do filho perdido transformada em uma historinha açucarada como Hollywood costuma fazer. Sean Penn tinha muita certeza do que queria. Não desistiu enquanto não conseguiu os direitos sobre a história. Como roteirista e diretor ele dá o tom certo ao filme que não faz concessões ao emocionalismo barato. Ninguém sai do cinema chorando neste filme. Mas só se você tiver um coração de pedra, Na Natureza Selvagem não vai arrebatar seu espírito. Há imagens de uma beleza tão impressionante dos lugares por onde Christopher passou a caminho do Alasca digna dos momentos mais inspirados da história do Cinema. O diretor de fotografia, Eric Gautier, foi chamado por Penn depois que este assistiu ao Diários de Motocicleta do Walter Salles. A trilha sonora é um show a parte...é toda ela obra do vocalista do Pearl Jam Eddie Vedder que ganhou até Globo de Ouro pelo seu trabalho!...
Christopher McCandless morreu de fome e frio aos 24 anos após 113 dias de Alasca. Seu corpo foi encontrado dentro dos destroços de um ônibus escolar abandonado pesando apenas 30 quilos. O local se tornou um ponto de peregrinação e culto ao mito de McCandless. Hippies e andarilhos de toda parte vão até lá para ver a última morada de Mr. Supertramp (como ele se auto-intitulou). Suas botas e seus escritos estão lá até hoje. Na porta do ônibus é possível ler o que pode ter sido a última mensagem do garoto:
"S.O.S. Eu preciso de sua ajuda. Estou machucado, quase morto e fraco demais para sair daqui. Estou totalmente só, não estou brincando. Pelo amor de Deus, por favor, continuem tentando me salvar. Estou lá fora pegando frutas nas proximidades e devo voltar esta noite. Obrigado, Chris McCandless. Agosto?"
Contra a vontade dos produtores, Sean Penn decidiu filmar nos locais exatos por onde Chris havia passado. Menos no ônibus. Penn temia os estragos que uma equipe de filmagem poderia fazer no espaço. Não filmou lá por respeito.
Respeito...solidão...bondade...abnegação...são fragmentos que ajudam a dimensionar a grandeza deste filme feito para vida toda. Imperdível!...
Confira onde está passando aqui.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Na Natureza Selvagem 2...

O segundo livro que quero citar aqui é outro clássico americano, Walden ou A Vida Nos Bosques, do Thoreau, que fui ler assim que vi Sociedade dos Poetas Mortos lá nos meus 18 anos. O trecho “...eu fui à floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente e sugar a própria essência da vida...expurgar tudo o que não fosse vida; e não ao morrer, descobrir que não havia vivido...” foi um dos mais repetidos no mundo inteiro depois do filme. Se Walden não tivesse sido escrito, não teria havido Ghandi, a geração hippie ou o movimento ecológico... foi assim que descobri porquê gosto de fazer trilha...A Vida Nos Bosques não é só um livro, é uma semente.
Depois de dar essas informações, agora posso contar num próximo post porquê Into The Wild me emocionou tanto...
quarta-feira, 5 de março de 2008
Na Natureza Selvagem...

...já faz alguns dias que assisti mas ainda estou digerindo esse filme, Into The Wild...foi como uma bomba de efeito retardado em mim, por vários motivos...me peguei chorando algumas vezes lembrando do que tinha visto...um daqueles filmes que vou guardar no coração...lindo, lindo...
Que bom que o Cinema existe!...
Que bom que o Cinema existe!...
terça-feira, 4 de março de 2008
Estréia, finalmente, Sicko...
O último trabalho de Michael Moore estréia nesta semana no Brasil. O documentário ataca desta vez o sistema de saúde norte-americano. Já comentei o filme aqui quando o vi na Mostra no ano passado. É duca...
segunda-feira, 3 de março de 2008
Speed Racer vem aí...
Quem quiser dar uma olhada no trailler é só clicar na imagem.
Sensacional!...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Fim do mundo 2...

Em um papo recente com meu amigo cinéfilo e seriófilo Paulo Gustavo, editor-chefe da Sci Fi, desabafei minha tristeza em saber que minha modesta DVDoteca de 1000 unidades estava com os dias contados...com a recente decisão da Warner de não lançar mais seus filmes em DVD, a tendência é que as outras grandes corporações cinematográficas façam o mesmo. Agora elas vão lançar seus filmes no mercado no formato Blu-Ray, um disquinho azul com muito mais capacidade de memória o que permite a imagem em alta-definição. Fiquei triste porque os aparelhos de Blu-Ray além de mais caros (custam em média 3 mil reais) tocam os disquinhos convencionais de DVD’s com a mesma qualidade de um DVD player fuleiro. Minha esperança nessa luta pela alta-definição era que o HD-DVD (a proposta da Toshiba) vencesse o Blu-Ray, uma idéia da Sony. Mais ou menos como aconteceu nos anos 80 quando o VHS venceu o formato Betamax, que só a Sony fazia. Desta vez a história foi outra. A Sony ganhou a parada na definição do substituto do DVD. E o fiel da balança sabe quem foi? O Playstation 3...o game de última geração da Sony, e o mais vendido no mundo só roda jogos em Blu-Ray...um mercado muito forte que ajudou a pressionar as companhias cinematográficas. O que fazer agora? Quem tem um monte de DVD’s (como eu) o melhor é esperar. Porque se a indústria cinematográfica demorou 3 anos para escolher o substituto do DVD, a gente já sabe quem será o do Blu-Ray...a internet. Com a TV digital e os modelos cada vez mais sofisticados de plasmas e lcds, todo televisor estará em breve conectado à internet que, graças à banda larga, funcionará como a DVDoteca do futuro. E sem ocupar espaço na prateleira. Não sei se vou gostar disso...
Fim do mundo...

...chega a ser irônico que depois de 3 meses e meio de greve dos roteiristas em Hollywood quem faturou o prêmio de melhor roteiro original tenha sido uma ex-stripper maluca vestida de oncinha que nunca tinha feito um roteiro antes...ela se auto-apelidou Diablo Cody e quando perguntaram se ela tinha virado stripper por dinheiro ela disse que não: " - Fui ser stripper porque tava a fim..."
Putz...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Destaques 2...
...achei bacana premiarem O Ultimato Bourne com 3 Oscars. Todos de categorias técnicas mas tudo bem. É uma forma de reconhecer o trabalho do diretor Paul Greengrass que já concorreu a melhor diretor por Vôo United 93 e foi o grande responsável pelo sucesso da trilogia (além, claro, de Matt Damon). A série Bourne é espetacular.
Achei uma sacanagem não terem lembrado de 300 em nenhuma categoria, nem nas técnicas onde o filme merecia ao menos competir...uma prova de que Oscar é um prêmio de momento, de mercado, tipo " - Vamos estimular a bilheteria de X porque está em cartaz...isso interessa...filme que já saiu de cartaz, é do ano passado, ah, deixa prá lá..."...
Outra que foi difícil de engolir pra mim foi Sangue Negro ter perdido melhor roteiro e filme...Onde Os Fracos Não Têm Vez é um filminho de perseguição...bom...mas só isso.
Achei uma sacanagem não terem lembrado de 300 em nenhuma categoria, nem nas técnicas onde o filme merecia ao menos competir...uma prova de que Oscar é um prêmio de momento, de mercado, tipo " - Vamos estimular a bilheteria de X porque está em cartaz...isso interessa...filme que já saiu de cartaz, é do ano passado, ah, deixa prá lá..."...
Outra que foi difícil de engolir pra mim foi Sangue Negro ter perdido melhor roteiro e filme...Onde Os Fracos Não Têm Vez é um filminho de perseguição...bom...mas só isso.
Destaques 1...
...muito bonitas as reações da francesa Marion Cotillard e Javier Bardem quando ganharam o Oscar. O discurso do espanhol foi emocinante. Interessante que nenhum americano ganhou nessas categorias. Daniel Day Lewis e Tilda Swinton são britânicos. É o Oscar globalizado...
Oscar, final...
Depois das piadinhas-pra-americano-dar-risada de sempre, dos erros na dublagem ao vivo, duas horas depois o resultado é que acabou de entrar para a história do cinema o filme Onde Os Fracos Não Têm Vez como o melhor filme da Octogésima edição do Oscar 2008...sem comentários.
Assista e tire suas conclusões...
Assista e tire suas conclusões...
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Daqui a pouco tem Oscar 2008...

Melhor filme deve ganhar Sangue Negro ou Desejo e Reparação. Sangue Negro é meu preferido mas Reparação tem jeitão de filme de Oscar.
Melhor ator é barbada, Daniel Day Lewis fez melhor, não há concorrente à sua altura. Ator coadjuvante deve ser Javier Bardem. Melhor atriz também é insuperável o trabalho da francesa Marion Cotillard encarnando Piaf mas aqui tem que se levar em conta a vocação da Academia em premiar quem está velhinho, então nesta categoria é possível que dêem o prêmio pra Julie Christie (alguém lebra dela?...tipo em Doutor Jivago?...).
Melhor diretor ninguém merece mais do que o Paul Thomas Anderson pelo seu Sangue Negro. Mas é possível que resolvam premiar os irmãos Coen, tipo pelo conjunto da obra.
Coisas do Oscar...
Juno

Too boring...
Se quiser arriscar, veja onde tá passando aqui.