
Nada tem muita explicação. E nem precisa ( - Como assim, um cara vai ficando mais novo com o tempo?...). O filme é um convite para embarcar numa fantasia. E justamente por ser uma fantasia ele não tem a obrigação de explicar nada, mas envolve muito. Atores, direção, roteiro, efeitos, fotografia, tudo foi milimetricamente trabalhado para levar o espectador por um sonho. A proposta é refletir sobre a possibilidade de se estar jovem na velhice e o preço de se ter vivido velho na juventude. Eu me lembrei daquela frase "a juventude é muito preciosa para ser desperdiçada pelos jovens"...acho que do Bernard Shaw. Isto, penso, é o melhor do filme, fazer pensar...Percebi que todos saem da sala maravilhados e meditando sobre o que acabaram de ver...e isso é cada vez mais raro no cinema. Quando saí fiquei imaginando o que seria mais triste, estar velho na infância, ser uma criancinha senil, caduca ou ainda, não ter comtemporâneos...Benjamin Button é um personagem muito só, parece que passa o tempo todo se distanciando dos amigos que ganha quando os sinais de seu rejuvenescimento inexplicável tornam-se evidentes demais...
Acho errado aqui enumerar as qualidades técnicas (que são muitas) como a maquiagem irreconhecível de Cate Blanchett no hospital ou a sobreposição da cabeça de Brad Pitt (velho) em outros corpos...explicações aqui estragariam o encanto da fantasia...uma coisa que me incomodou um pouco foi a ambientação de New Orleans, a história começa e termina lá e há pouco jazz da época no filme todo. Outra coisa foi a escolha do protagonista. A cada vez que Brad Pitt surge mais jovem e bonito foi possível ouvir os suspiros da mocinha sentada ao meu lado e mais toda a platéia feminina presente, o que acaba dando uma certa vontade de rir e acho que essa não é a proposta...me arrisco a dizer que talvez um ator menos galã fizesse melhor as vezes de Benjamin Button...um Tom Hanks talvez (mas ele já fez Forrest Gump que aliás tem muito em comum com este filme, inclusive o mesmo roteirista...), apesar de Brad Pitt estar muuuito bem nesse papel difícil. Ele me convenceu como a criança-velha no início do filme. Um menino que carrega no olhar inocente o peso de ser diferente. Seus silêncios e pausas são precisos. Cate Blanchett é um show a parte e sua silueta bailando no gazebo à noite para Benjamin é simples demais e linda demais. Apesar de na hora eu ter tido a impressão de algo produzidinho demais (como num musical dos anos 40) acho que a cena já entrou pra história.
Aliás o filme é também isso, uma linda história de amor e sua relação com o tempo. O que no início parece uma relação impossível entre um velho e uma menina transforma-se num comovente encontro entre um homem e uma mulher que querem aproveitar o melhor do seu tempo agora.
Enfim, Benjamin Button é um filmaço!...Só me atrevo a questionar se era preciso mesmo contar essa história em 3 horas de projeção...é muito, não?
Vale muito a pena conferir o trabalho do Brad Pitt que nasce velho e vai rejuvenescendo até virar um bebê...e não adianta esperar porque ele não é adotado pela Angelina Jolie no final. Ela não está no filme...
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3 comentários:
Hahaha, que pena! Tao boa moCa a Angelina Jolie... Linda a imagem que vc colocou, adorei! Ainda nao vi, mas estou bem afim de ver. Quer ir comigo??? rsrrs Michele
Ai, Aldrin, o filme eh lindo mesmo...vi hoje!...Brad Pit merece ganhar o oscar!
Saudades do seu programa de radio! Qdo vai voltar ao ar?
bjbjs
Olá!!!
Gostei muito do seu blog!! Adoro cinema e com certeza vou entrar aqui sempre para ver as novidades!! Parabéns!
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