
Faço essa explicação para quem costuma ler meu bloguinho e pensa que só vi os filmes que estão escritos aqui. E agora posso citar o meu preferido de 2007. Pensei bem antes de deixar de fora a superprodução 300 que tem muitos méritos técnicos e um ator inspirado, Pecados Íntimos que é na verdade uma produção de 2006, mas que passou aqui no comecinho do ano e é um filme que vou guardar no coração, Piaf uma história real numa interpretação arrebatadora, Perfume, outra produção de 2006 mas que vi em janeiro passado e me encantei, enfim, a lista é longa, foi um ano em que o cinema me deu muito prazer, alento e felicidade.
Mas o filme que deixo aqui como o melhor do ano é o trabalho grandioso, preciso, econômico e elegante que o senhor Clint Eastwood fez ao filmar aos mesmo tempo A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima. Se Peter Jackson levou um Oscar por ter feito a trilogia Senhor dos Anéis, a Academia foi injusta no início do ano ao não dar o prêmio de melhor direção para Clint Eastwood. Os dois filmes tratam basicamente do mesmo evento, a batalha de Iwo Jima, a pequena ilha do Japão conquistada pelos americanos na Segunda Guerra Mundial. A Conquista da Honra saiu do livro Flag Of Our Fathers, um best seller que conta a história da célebre fotografia dos soldados que primeiro ergueram a bandeira americana no topo da ilha. Mais do que um simples filme de guerra, Conquista é também uma história sobre o poder da mídia, a manipulação da informação pelos políticos e a percepção de toda uma sociedade sobre o assunto. Foi mal recebido pelos críticos e pelo público que não deram o devido valor a esta história monumental. Cartas de Iwo Jima não agradou ao público que foi ao cinema esperando um filme de guerra quando na verdade, pra mim, este é um retrato da solidão, da obstinação de um general e seus jovens, encarando uma missão suicida por amor ao seu país.
Nunca na história do cinema, um evento histórico de guerra foi mostrado pelos dois lados (o americano e o japonês), produzido por uma mesma equipe. Um momento da história da sétima arte para se guardar na memória e na prateleira: a edição em dvd saiu com extras sensacionais.
Para os piores não vou ficar no óbvio de citar Xuxa, Trapalhões (que nem vi) e outros nacionais que deram dó pela miséria de idéias.
Vou registrar aqui os que tentaram ser grande coisa e se deram mal...minha primeira banana vai para o filme do sr Robert de Niro, que como diretor é um grande ator, O Bom Pastor...confuso, irritante, pretensioso. Um filme enervante...
Outra bomba do ano é Planeta Terror, uma bobagem...como também foram bobagens O Primo Basílio e Transformers, uma mega bobagem bem produzida...
E você? Tem um top 5?...
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